Levantamento do PiniOn mostra que o meme da Nazaré Tedesco é o símbolo nacional mais lembrado, superando até clássicos como o Show da Xuxa
Empresa de pesquisa de mercado especializada em dados competitivos e comportamentais, o PiniOn decidiu investigar o humor que une os brasileiros de norte a sul. E a resposta não veio só na mesa do almoço, mas também nas telas: entre os símbolos nacionais, o meme de Nazaré Tedesco ganhou 34,1% das menções, mostrando como o humor e a criatividade marcam a identidade coletiva. Já para quem tem mais de 45 anos, o clássico Show da Xuxa ainda é o meme mais popular.
Entre os hábitos que passam de geração em geração, o arroz com feijão lidera como prato mais característico, citado por 39,6%, seguido pela feijoada (24,4%) e pelo churrasco (17,5%). Para Talita Castro, CEO do PiniOn, os resultados mostram como hábitos, tradições e humor influenciam a percepção que os brasileiros têm de si mesmos e do país. “Os dados revelam que o orgulho do brasileiro está profundamente ligado à sua criatividade e à forma como encaram os desafios do cotidiano. Essas características não são apenas culturais, mas um reflexo da resiliência e do senso de comunidade do país”, afirma.
Entre marmitas, sacolas e coleções de potes
O levantamento trouxe hábitos bem típicos: guardar sacola dentro de outra sacola, sair de aniversários carregando marmita e até questionar a fatura do cartão meses depois – quem nunca? Nas casas brasileiras, coleção de potes, filtros de barro e tapetinhos espalhados pelos cômodos mostram como memórias afetivas e práticas caseiras atravessam gerações.
Frases maternas e ditados que todo mundo já ouviu
As mães brasileiras também se destacam, com frases que marcaram o imaginário coletivo, como “Você não é todo mundo” que lidera entre as frases maternas mais lembradas (24,1%), seguida por “Na volta a gente compra” (15,4%) e “Se eu for aí e achar…” (14,4%). Já no ranking das frases mais brasileiras de todos os tempos, o icônico “O brasileiro não desiste nunca” aparece no topo com 26% das menções, empatado com “Não repara a bagunça” e “Vai com Deus” (17,2%). Em terceiro lugar, ficou o famoso “Vou ver e te aviso” (16%).
Nos ditados populares, a esperança reina: “A espera é a última que morre” foi eleito o mais brasileiro por 23,8% dos respondentes. E no repertório musical, Garota de Ipanema superou hits como Evidências, Boate Azul e até Cheia de Manias, do Raça Negra – mas os brasileiros de 25 a 34 anos discordam: para eles, Evidências segue imbatível.
Talentos, perrengues e desculpas clássicas
Quando o assunto são desculpas esfarrapadas, a campeã foi “Estou chegando” – mesmo quando a pessoa ainda nem saiu – apontada por 48,7% dos entrevistados. Entre os piores comportamentos, 51,4% citaram o hábito de “jeitinho brasileiro”como o mais típico.
O levantamento também celebra a criatividade do brasileiro: carregar várias coisas em uma só mão para evitar várias viagens (26,2%), consertar chinelo com prego, improvisar churrasqueira com tijolo e virar “amigo de infância” de alguém que recém-conhecido foram citados como formas de criatividade e improviso. Outros orgulhos também apareceram, como as praias e ecossistemas (43%), o acolhimento (19,7%) e a simpatia (19,4%).
E os perrengues? Também são a “a cara do brasileiro”: fila para tudo (26,4%), encontrar feijão em pote de sorvete (25,5%) e a chuva surpresa na hora de ir embora do trabalho (18,2%) foram os mais comuns entre os correspondentes.
“Essa pesquisa celebra o que faz o Brasil ser único: humor, resiliência e calor humano. São traços que atravessam gerações e mostram como o brasileiro se percebe – e se diverte – todos os dias”, finaliza.