Compras por impulso e inesperadas podem aumentar endividamento após as festas, aponta Rafa Cavalcanti (foto em destaque), CEO da CloQ
As festas de final de ano seguem sendo importantes períodos de impulsionamento de vendas para o comércio brasileiro, aquecendo o varejo físico e digital. A pesquisa de Intenção de Compras para o Natal 2025 — realizada pela CNDL em parceria com o SPC Brasil — as vendas no comércio varejista brasileiro durante o Natal deste ano devem movimentar R$ 84,9 bilhões na economia.
No entanto, por trás das vitrines chamativas e dos descontos agressivos em vigor nesta época, cresce um fenômeno silencioso: consumidores estão comprando mais — porém planejando cada vez menos. Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, 43% dos brasileiros não possuem reservas para emergências financeiras.
“A falta de planejamento transforma o que parece ser uma boa oportunidade, seja ela “um desconto de 30%” ou “compre 2 leve 3”, em uma dívida prolongada, que o cliente muitas vezes nem lembra porque ou o que comprou. Hoje, vemos um avanço no consumo e a organização financeira sendo deixada em segundo plano. Nesse sentido, é importante ressaltar que a organização financeira não existe para restringir, mas para dar segurança. Quando o consumidor entende seu orçamento, ele consegue aproveitar promoções e oportunidades sem comprometer o mês seguinte’ ressalta Rafa Cavalcanti, CEO da CloQ, fintech especializada em soluções de análise de crédito e dados alternativos.
A combinação de pressa, gatilhos emocionais e comunicação persuasiva tem levado milhares de brasileiros a decisões impulsivas que comprometem o orçamento nos meses seguintes. Segundo dados levantados pelo Blackhawk Network Brasil, realizada com dados do final do ano de 2024, 70% dos consumidores brasileiros são motivados por promoções para realizarem compras, em especial no período das celebrações de dezembro.
No entanto, com organização, datas como o Natal e confraternizações de final de ano podem se transformar em um período de fortalecimento da relação do consumidor com o próprio dinheiro. “Definir um teto de gastos, listar prioridades e comprar antes do evento são estratégias que reduzem a impulsividade e aumentam o uso consciente das finanças. Quando o consumidor conhece o próprio orçamento, ele aproveita promoções sem prejuízo e transforma cada compra em aprendizados financeiro e escolhas conscientes.”, além disso “melhor que um desconto de 30% é um desconto de 100% quando você decide não comprar algo que não precisa” destaca Cavalcanti.



