Mais importante do que ter controle das finanças pessoais, equilibrando as receitas e despesas, é saber como melhor rentabilizar o patrimônio, isto é, investir o recurso disponível em títulos que tragam um bom retorno para o capital investido.
Segundo Sérgio Tavares, Diretor da STavares Consultoria Financeira, com MBA de Gestão Econômica e Financeira de Empresas pela FGV (RJ); muitas pessoas ainda investem na poupança, que é um investimento de baixíssimo risco, mas que possui uma rentabilidade muito pequena.
De acordo com o economista, a maioria dos investidores que opta por esta modalidade alega ter receio do risco que outros títulos apresentam. Mas o fato é que muitas pessoas não buscam, ao menos, estudar um pouco sobre outras formas de aplicações financeiras que podem oferecer uma rentabilidade bem maior do que a poupança, com um grau de risco similar ao dela.
Para auxiliar você, pequeno investidor ou investidor de primeira viagem, o economista Sérgio Tavares listou as modalidades de investimento mais conhecidas, incluindo características, vantagens e desvantagens de cada título disponível para aplicação no mercado financeiro:
Tesouro Direto: São papéis de renda fixa, ou seja, sem muita volatilidade em relação ao valor aplicado e que são emitidos pelo Tesouro Nacional, tendo como garantia o Governo Federal. Neste segmento, é possível aplicar em títulos públicos pré-fixados (o investidor já sabe, no momento da aplicação, a taxa contratada que irá remunerar o capital investido até o resgate do título) e títulos pós-fixados, cujas taxas de rentabilidade acompanharão um índice de mercado durante o período de aplicação, seja taxa de juros ou inflação. A desvantagem desta modalidade é a incidência de imposto de renda sobre o rendimento, que ocorre de forma regressiva, de acordo com o vencimento do título.
CDB: São papéis de renda fixa emitidos pelo Bancos. Eles repassam o título ao cliente e o remunera com juros. Eles têm como vantagem a garantia de até R$ 250 mil por CPF, ou seja, se o Banco emissor do título quebrar o investidor, ele consegue recuperar todo o valor investido limitado a este teto. Cada CDB tem uma liquidez pré-estabelecida, ou seja, o tempo disponível para resgate do investimento varia de acordo com o Banco e o vencimento do título, por exemplo. A desvantagem desta modalidade é que o imposto de renda incide sobre o rendimento da aplicação, e é cobrado de forma regressiva, variando de 22,5% até 15%, dependendo do tempo em que o capital ficou aplicado. Quanto maior o prazo, menor a alíquota de imposto de renda. Além disso, o rendimento geralmente é baixo.
LCI/LCA: São papéis de renda fixa isentos de imposto de renda e possibilita ao cliente saber quanto exatamente ele vai ganhar ao final do investimento. A garantia é a mesma do CDB, mas a rentabilidade geralmente é melhor. A desvantagem desta modalidade é que a liquidez mínima é de 90 dias, ou seja, o investidor não consegue resgatar o investimento antes deste prazo.
Ações: São papéis de renda variável, ou seja, o valor aplicado varia muito diariamente e as chances de ganho e perda na operação caminham em conjunto. Nesta modalidade, o investidor compra na Bolsa de valores ações de Companhias abertas, esperando que elas se valorizem no mercado para que o investidor venda estas ações e realize o lucro na operação. O imposto de renda incide sobre o ganho de capital obtido no momento da venda da ação, e a corretora cobra uma taxa do investidor para “guardar” as ações compradas e que ficam armazenadas em carteira. A vantagem desta modalidade é que o investidor pode obter um ganho muito acima da renda fixa, se souber estudar o mercado e as empresas das quais ele possui ações. A desvantagem é que o risco desta operação é muito maior, e o investidor tem o risco de perder de forma parcial ou total o valor investido.