Tanto crianças quanto jovens e adultos são estimulados a terem contato com novas aprendizagens por meio da educação empreendedora. O Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), do Sebrae, jovens de seis a 14 anos têm contato com iniciativas que dão prioridade à autonomia do aluno e favorecerem o desenvolvimento de atributos e atitudes para a gestão da própria vida. O projeto está presente em escolas de todo o país e, em 2017, impactou 558 mil estudantes. É nesse ambiente que novas perspectivas são apresentadas aos jovens, que precisam construir o futuro com base na inovação e na capacidade de colocar em prática suas próprias ideias.
“A educação empreendedora é transformadora, incentiva a quebra de paradigmas e o desenvolvimento de diversas habilidades. Já nos primeiros anos de vida, o conhecimento é fundamental para fortalecer o espírito de coletividade. Nesse processo, a sala de aula se torna um importante aliado ao permitir que crianças e adolescentes tenham contato desde cedo com a cultura do empreendedorismo”, explica a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes. Segundo ela, a parceria com as instituições de ensino e governos estaduais e municipais fortalecem a educação empreendedora e abre novas possibilidades de formar cidadãos conectados com o empreendedorismo que transforma.
Com a proposta pedagógica do JEPP, cada ano do ensino fundamental recebe atividades lúdicas que envolvem uma determinada temática. No 1º ano, por exemplo, é abordado “O mundo das ervas aromáticas”, enquanto no 8º ano “Empreendedorismo social”. O ambiente sensibiliza os estudantes a assumirem riscos calculados, tomarem decisões e a terem um olhar observador para que possam identificar oportunidades de inovações, mesmo em situações desafiadoras.
Professores empreendedores
Para transmitir o conhecimento, professores das instituições de ensino também são capacitados pelo Sebrae. Em 2017, 38.805 docentes participaram. A Escola Floresta Azul, localizada em São Paulo, é uma das instituições que adotou, há dois anos, a parceria com o Sebrae. Mylena Alves, professora do 2º ano do ensino fundamental, foi capacitada pelo projeto e aborda o curso “Temperos naturais” com a turma, que tem a média de idade de oito anos. Ao longo dos meses, eles cultivam uma horta com manjericão, hortelã, entre outras plantas e, ao final do ano letivo, realizam uma feira para venderem os produtos. O valor arrecadado é dividido entre os estudantes.
“O empreendedorismo está no nosso dia a dia, mas a forma que o Sebrae trabalha foi uma novidade para mim e a capacitação foi fundamental. Os alunos participam de todo o processo ativamente: ensinamos que tudo tem um custo, calculamos o valor que devemos cobrar para lucrar na feira e colocamos no papel a rentabilidade que alcançamos”, explica Mylena. Em casa, os pais falam que os filhos querem participar das compras e entender a dinâmica das finanças. “Por isso, é importante trabalhar com a criança, ela leva esse conhecimento para o lar”.