História de carioca inspira o empreendedorismo feminino no Dia Internacional da Mulher

Para a confeiteira Luísa Mendonça, celebrar o Dia Internacional da Mulher (08/03) na sua charmosa confeitaria vegana, bem aos pés do Cristo Redentor, é sinônimo de realização pessoal e profissional. Mas, quem vê a carioca hoje à frente do empreendimento – que já é considerado uma referência no mercado vegano do Rio de Janeiro – não imagina o caminho árduo de superação que foi necessário para ela chegar até aqui.

“Me lembro como se fosse hoje. Eu fazia bolos veganos para o meu marido vender no hospital que ele trabalhava e tive a grande ideia de fazer alguns pães de melado para vender na porta do metrô. A grana estava muito curta e eu precisava fazer algo para ganhar mais com os meus doces. Fiz 150 pães e fui para a porta da estação da Carioca, no Centro. Três horas depois, eu só tinha vendido um único pão de melado. Fiquei arrasada. Achei que o problema era comigo, com os meus doces, com a minha ideia de negócio de ter uma confeitaria vegana para um nicho. Quem diria que hoje eu estaria aqui na minha própria loja, com os meus funcionários e vendendo bolos e doces para todo o RJ?”, conta a confeiteira.

Os pães que sobraram da ação no metrô foram todos vendidos pelo marido e pela sogra nos hospitais que trabalhavam, além de muitos outros bolos. Com o tempo, e a ajuda administrativa da sua prima, Laura Izidoro, a Conflor já era figurinha certa nas principais feiras de pequenos produtores da cidade. “Minha prima começou a me ajudar na venda e nas redes sociais por amizade mesmo. Ela curtia a ideia de negócio e sabia que eu era péssima vendendo, então quis me ajudar. Formamos uma boa dupla, que virou uma sociedade, e por isso aumentamos a nossa participação nas feiras. Durante um bom tempo mal sobrava dinheiro de lucro, nós basicamente pagávamos os custos. Mas a gente acreditava muito na ideia de negócio, então aproveitamos esse momento para fazer nome e network no meio”, explica Mendonça.

Mas tudo mudou quando as duas conheceram a Fábrica Bhering, no Santo Cristo, e encontraram o lugar perfeito para montar uma pequena cozinha para encomendas. “Ali o meu sonho começou a ganhar forma de verdade. Alugamos um espaço. Montamos uma cozinha profissional. De lá para cá o negócio foi crescendo, os doces ganharam fama no nosso meio e hoje estamos aqui com essa loja linda no Cosme Velho. Não foi um caminho fácil. Pensei em desistir muitas vezes, mas olhando para a Luísa de hoje e para o negócio que construímos juntas, sou grata pela minha persistência”.

Hoje, Luísa oferece cursos de bolos e doces, uma vez por mês, com o objetivo de ajudar outras mulheres e entusiastas da gastronomia a aprender o ofício da confeitaria vegana, e assim, aumentar a oferta de doces sem ingredientes de origem animal na cidade.

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