A CPI, a comissão para investigar a propagação e proliferação da pandemia do coronavírus no Brasil, depois de ultrapassar a marca de 400 mil brasileiros mortos, foi criada no dia 13 de abril pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ali, a CPI ganhou o formato de um corpo humano, composto pelo tronco, braços, pernas e pelas mentes, pelos pensamentos, propósitos, desejos, convicções de todos os brasileiros. Afinal aquelas pessoas ali, mulheres e homens, senadoras e senadores, foram indicadas por eleitores, brasileiros do país inteiro.
Na sua pequena sala, isolado, está o profundo estudioso, pesquisador do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, o virologista José Eduardo Levi. Esse pesquisador foi o responsável pela descoberta, no fim de dezembro de 2020, dos primeiros dois casos da variante britânica do novo coronavírus na América Latina. Ele também localizou e isolou a variante da pandemia em Manaus.
José Eduardo Levi não está na lista dos chamados para depor na CPI da pandemia no Senado. A primeira sequência de chamados é de ministros da saúde que foram nada menos do que quatro no período da pandemia. Depois vêm ex-integrantes do governo e um rol de pessoas que serão convocadas dependendo do rolar dos debates e do surgimento de novos indícios de ações e comportamentos em relação à pandemia.
Mesmo antes de começar essa CPI já se sabia o objetivo e como ela vai terminar. O alvo central é o presidente da República Jair Bolsonaro. Se quer o impeachment dele, o afastamento mais rápido possível da presidência da República, ou fazer o corpo dele sangrar até as vésperas das eleições para chegar sem nenhuma força para tentar a reeleição.
Aqui já poderia entrar com a seu conhecimento e experiência o virologista José Eduardo Levi. Caberia a ele revelar e isolar as diferentes variantes dessa CPI. Neste seu trabalho, para identificar algumas variantes nem precisaria usar um microscópio. A olho nu mesmo ele localizaria a “omissão”, a “negação”, a “indicação de remédios” sem comprovação de organizações e institutos médicos, além do atraso na compra de “vacinas”.
Levi também logo identificaria as variantes do “oportunismo” e em especial as “comorbidades” morais de integrantes da CPI, em especial do escolhido para ser o relator, o senador Renan Calheiros, que tem o corpo pesado por 17 processos judiciais só no STF.
Com esse seu estudo, que serviria de base para punir culpados na desastrosa gestão da atual pandemia, Levi poderia indicar para ser aplicada no país Brasil uma vacina com até 100% de eficácia. Numa pequena dose estaria contida a moralidade, a ética, o compromisso de construir uma nação justa, generosa, inovadora, que garanta empregos, educação, saúde, lazer e oportunidades para todos.