Arrecadação de impostos com relação ao PIB aumenta desde 1997, diz Ipea

Em 1997, a carga tributária brasileira representava 26,92% do PIB (Produto Interno Bruto). Desde então, com exceção do ano de 2003, a arrecadação só aumenta, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Em 2006, atingiu a marca de 34,23% do PIB.

A pesquisa está sendo divulgado nesta quinta-feira (15), no CET/CNTC/Centro de eventos, pelo presidente da instituição, Marcio Pochmann.

Da mesma maneira, a evolução dos impostos sobre produtos, os chamados "impostos indiretos", cresce desde 1997, ano em que o percentual de arrecadação foi de 11,6% do PIB. Em 2001, foi atingida a marca de 14,3% do PIB. Dois anos depois, é verificada uma leve queda, para 13,5%. Porém, entre 2004 e 2007, é possível observar estabilidade na casa dos 14,4% do Produto Interno Bruto.

A mesma escalada de crescimento é registrada nos impostos sobre a renda, a propriedade e o capital, desde 1995, passando de 5,77% do PIB para 10,35% em 2007. O estudo conclui que o peso desses impostos aumentou "consideravelmente no período em questão, em detrimento dos impostos indiretos, que, teoricamente, são os mais regressivos".

Empresas são as principais pagadoras de impostos

De 1996 a 2006, o Imposto de Renda incidente sobre o trabalho subiu de 1,8% para 2,1% do PIB. No mesmo período, o IR incidente sobre o capital aumentou de 2% para 4%. A pesquisa destaca que as empresas estatais pressionam a alta de carga tributária. As estatais respondem por 2% dos 8,5% do PIB de aumento da carga tributária entre 1995 e 2007.

Mas isso é pouco na comparação com as grandes empresas que, em 2005, responderam por 64,32% da carga tributária. Em segundo lugar na participação ficaram as famílias, com 17,78%. Depois aparecem as estatais federais, com 11,31% da participação. As pequenas empresas foram responsáveis por 5,44%. Por fim, o governo pagou 1,15%.

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