Boas práticas de gestão municipal compartilhadas no Summit Cidades 2023

Ao longo do evento, serão conhecidas 43 iniciativas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU

Uma ideia implantada no pequeno município de Iomerê, no Meio Oeste de Santa Catarina, já atraiu a atenção de pelos menos outros 50 gestores municipais catarinenses e do Paraná, incluindo a capital Curitiba, que foram conhecer pessoalmente a iniciativa. Trata-se da implantação de salas modulares para atender a educação em tempo integral de alunos de quatro a seis anos. “Em quatro meses, conseguimos zerar a fila de 120 alunos que esperavam por uma vaga, o que iria demorar em torno de 18 meses, se fosse feito no modelo tradicional”, afirma Ederson Leobet (foto em destaque), secretário Municipal de Educação de Iomerê.

A experiência bem-sucedida da cidade de 3 mil habitantes foi uma das boas práticas de gestão municipal compartilhadas hoje (26), no Fepese Experience, um dos espaços do Summit Cidades 2023, que acontece até quarta-feira, em Florianópolis. “A ideia é compartilhar soluções inovadoras e aproximar os gestores, pois os problemas são comuns”, diz Eduardo D’Ávila, gerente de Tecnologia do Consórcio de Inovação na Gestão Pública (Ciga) e coordenador do Projeto de Boas Práticas. Além do Ciga, participam da iniciativa a Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), o Consórcio Interfederativo de Santa Catarina (Cincatarina) e a Escola de Gestão Pública Municipal (Egem).

Ao todo, foram 97 iniciativas municipais inscritas e 43 selecionadas levando em consideração uma série de atributos, entre eles, estar inserido em pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Outra frente para divulgar ações realizadas é o Portal de Boas Práticas do Ciga, onde, além de conhecer o que está sendo realizado, é possível inserir os cases também. Os 43 projetos selecionados serão apresentados no decorrer da programação do Summit Cidades 2023.

Destaque educacional
Além do tempo recorde para a implantação completa – três salas para educação em tempo integral de crianças de 4 a 6 anos, quatro boxes sanitário e um para pessoas com deficiência (PcD) – em Iomerê, o secretário municipal de Educação destaca outras vantagens do projeto. “A qualidade e a forma como é implantado são realmente muito vantajosos”.
Segundo ele, tudo é feito pela empresa e instalado no local definido em quatro dias, reduzindo os transtornos. “Essa obra foi uma ampliação de uma creche e, ao lado, há outra escola, de ensino fundamental, então, era muito importante garantir o sossego na área ao redor”. É possível ainda trocar a estrutura de local ou fazer ampliações, como um segundo piso, se necessário.
O custo da obra foi de R$ 660, mais R$ 80 mil gastos com mobiliário. Se realizado no sistema tradicional, de alvenaria, Leobet calcula que o valor seria 30% mais barato. “Mas é preciso pensar na relação custo X benefício do projeto como um todo e destacar que a entrega foi antecipada em dois meses – havia uma cobrança muito grande dos país em relação à essa demanda – e não houve nenhum aditivo de valores”.

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