Brasil cai em ranking de competitividade

País perdeu seis posições, passando para o 44º lugar, refletindo o aumento do custo de vida e a queda na produtividade

Depois de registrar melhoras consecutivas desde 2007, o Brasil ficou menos competitivo no ano passado. O País caiu seis posições no Índice de Competitividade Mundial 2011 (World Competitiveness Yearbook), ficando no 44.º lugar. A queda reflete o aumento no custo de vida das famílias e a piora na eficiência da economia brasileira."É um alerta", disse o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, responsável pelo capítulo brasileiro do estudo. "O relatório não é conclusivo, mas permite identificarmos movimentos."

O estudo é coordenado pelo International Institute for Management Development (IMD).Arruda chamou atenção para quatro pontos: o aumento do crédito, que estaria levando a um endividamento excessivo dos consumidores; a alta de inflação, que já começou a ser sentida pelas famílias no ano passado; a valorização do câmbio, que tira competitividade do País lá fora; e a perda da eficiência na produção, que pode ser sinal de desindustrialização do Brasil.O Brasil cresceu em empregos no ano passado, mas isso, paradoxalmente, acabou tendo impacto negativo na produtividade e na eficiência, fazendo com que o País caísse do 28.º lugar para o 52.º. "Foram criados empregos em atividades de baixo valor agregado", explicou Arruda.

Apesar da crise, os Estados Unidos, que haviam ficado em terceiro lugar no ranking anterior, subiram para o primeiro, empatados com Hong Kong. Em seguida, vieram Cingapura (que liderou a lista no ano anterior) e Suécia."Temos verificado uma concentração cada vez maior no topo da lista", disse o professor da Fundação Dom Cabral. "Os cinco primeiros lugares são muito parecidos." Segundo ele, deficiências do setor público nos EUA são mais do que compensadas por fatores como infraestrutura e inovação.Governo.

O Brasil é o país que registra a maior diferença entre a eficiência do governo e a eficiência das empresas. "Essa é uma questão histórica", afirmou Arruda. Na lista deste ano, o País ficou em 55.º no que diz respeito à eficiência do governo e em 29.º em eficiência das empresas, uma diferença de 26 posições."As empresas começaram a investir na melhoria da eficiência ainda na década de 1980, mas o governo não acompanhou esse movimento", explicou Arruda. Ele acrescentou, no entanto, que isso começou a mudar nos últimos anos. "Há cinco anos, somente 5% dos nossos alunos vinham do setor público.

Em 2010, foram 30%."Arruda disse que esse crescimento da presença dos gestores públicos pode ser verificado em todas as grandes escolas de administração do País. "Essa mudança ainda não começou a aparecer nos índices". Depois de registrar melhoras consecutivas desde 2007, o Brasil ficou menos competitivo no ano passado. O País caiu seis posições no Índice de Competitividade Mundial 2011 (World Competitiveness Yearbook), ficando no 44.º lugar. A queda reflete o aumento no custo de vida das famílias e a piora na eficiência da economia brasileira.

"É um alerta", disse o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, responsável pelo capítulo brasileiro do estudo. "O relatório não é conclusivo, mas permite identificarmos movimentos." O estudo é coordenado pelo International Institute for Management Development (IMD).

Arruda chamou atenção para quatro pontos: o aumento do crédito, que estaria levando a um endividamento excessivo dos consumidores; a alta de inflação, que já começou a ser sentida pelas famílias no ano passado; a valorização do câmbio, que tira competitividade do País lá fora; e a perda da eficiência na produção, que pode ser sinal de desindustrialização do Brasil.

O Brasil cresceu em empregos no ano passado, mas isso, paradoxalmente, acabou tendo impacto negativo na produtividade e na eficiência, fazendo com que o País caísse do 28.º lugar para o 52.º. "Foram criados empregos em atividades de baixo valor agregado", explicou Arruda.

Apesar da crise, os Estados Unidos, que haviam ficado em terceiro lugar no ranking anterior, subiram para o primeiro, empatados com Hong Kong. Em seguida, vieram Cingapura (que liderou a lista no ano anterior) e Suécia.

"Temos verificado uma concentração cada vez maior no topo da lista", disse o professor da Fundação Dom Cabral. "Os cinco primeiros lugares são muito parecidos." Segundo ele, deficiências do setor público nos EUA são mais do que compensadas por fatores como infraestrutura e inovação.

Governo. O Brasil é o país que registra a maior diferença entre a eficiência do governo e a eficiência das empresas. "Essa é uma questão histórica", afirmou Arruda. Na lista deste ano, o País ficou em 55.º no que diz respeito à eficiência do governo e em 29.º em eficiência das empresas, uma diferença de 26 posições.

"As empresas começaram a investir na melhoria da eficiência ainda na década de 1980, mas o governo não acompanhou esse movimento", explicou Arruda. Ele acrescentou, no entanto, que isso começou a mudar nos últimos anos. "Há cinco anos, somente 5% dos nossos alunos vinham do setor público. Em 2010, foram 30%."

Arruda disse que esse crescimento da presença dos gestores públicos pode ser verificado em todas as grandes escolas de administração do País. "Essa mudança ainda não começou a aparecer nos índices".

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