Brasil tem 1,6 milhões de estabelecimentos foodservice ativos

São Paulo é estado com a maior abertura de negócios, com 46 mil novas unidades e lanchonetes lideram com 227 mil unidades novas

Um monitoramento de tipologias do setor do foodservice brasileiro, realizado mensalmente pela Driva para o IFB (Instituto Foodservice Brasil), revela que o Brasil tem 1,6 milhões de estabelecimentos ativos no país. Nos últimos três meses, o segmento de lanchonetes registrou a maior abertura de novos negócios, chegando a 227 mil unidades em todo o território. O estado de São Paulo também alcançou a maior abertura de estabelecimentos envolvendo a alimentação fora do lar no mesmo período, atingindo 46 mil novas unidades.

O Brasil reúne atualmente 1,1 milhões de estabelecimentos categorizados. Entre o top 3 do ranking, o segmento de Bar ocupa a segunda colocação, com 144,36 mil unidades no país e, locais com Menu Variado, atingem a terceira colocação, com 85,42 mil estabelecimentos. Já o estado do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, empatam como segundos colocados na lista que registra a maior abertura de empresas no período, ambos chegando a 18 mil unidades. Paraná, por sua vez, vem na sequência com 10 mil unidades.

Em relação aos estados com menor abertura de estabelecimentos que abrangem o foodservice, Amapá, Roraima e Acre ocupam as últimas colocações, com 3.907 unidades, 3.822 e 3.719, respectivamente.

Pesquisa CREST mostra recuperação lenta do setor com oportunidades em preços

Com a estagnação econômica, a alimentação fora do lar também perdeu ritmo no segundo trimestre de 2023, mas mostra retomada, ainda que tímida.

De acordo com a pesquisa CREST, maior estudo sobre o comportamento dos consumidores de foodservice, realizado pela Mosaiclab em parceria com o Instituto Foodservice Brasil (IFB), o segundo trimestre de 2023 mostra queda de 5% no tráfego em relação ao mesmo período de 2022, registrando 3,1 bilhões de visitas, e gasto de R$ 59,9 bilhões, o que representa uma variação de apenas 0,5% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. O estudo abrange 6 mil consumidores entrevistados por mês.

No entanto, esse montante atingiu seu maior patamar histórico, mesmo considerando os recordes de 2019, quando o quarto trimestre chegou a R$ 54,2 milhões. Para se ter uma ideia, do segundo trimestre de 2020 (R$ 20,3 bilhões) ao segundo trimestre de 2023, o crescimento anual médio foi de 9%.

Agora analisando o ticket médio, houve alta de 5% em relação ao mesmo período de 2022, chegando a R$ 19,05. As redes mostraram força e, mesmo independentes, atingiram bons níveis de tráfego. Padarias registraram 534 milhões de transações no período analisado; lanchonetes 340 milhões; não empratados 360 milhões; empratados chegaram a 179 milhões de transações; e quilo/buffet, 167 milhões.

Preços, custo-benefício e promoções

A pesquisa ainda apurou que o impacto de aumento de preços foi percebido pelos consumidores, arrefecendo o consumo. Há perspectivas com potencial de alavancar esse cenário no futuro.

O tamanho médio das refeições, por exemplo, se manteve estável, mas houve aumento no gasto por item na refeição, chegando a R$ 4,3 no segundo trimestre de 2023 contra R$ 4,1 no segundo trimestre de 2022. O resultado reduz a atratividade do preço como um dos decisores de consumo, representando 32% do tráfego neste período ante 34% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Com o aumento dos preços, os consumidores buscaram alternativas no segundo trimestre deste ano, sendo que 42% do tráfego representou o uso de promoções. Historicamente, as promoções alavancaram o ticket médio das transações no foodservice, que chegou a R$ 22,20.

Refeições do tipo Combo, também se destacam como alternativas para gerar vendas. No segundo trimestre de 2023, representaram o crescimento de 9% no tráfego em relação ao mesmo período de 2022.

E, independentemente do tipo de promoção, em todos os segmentos (foodservice, empratados, não empratados, lanchonetes, padarias, quilo/buffet, Low Check FSR, Casual Dinning e varejo) o preço se torna mais atrativo. No foodservice geral, por exemplo, o tráfego com promoções no segundo trimestre de 2023 representa 39% contra 32% no geral; já no quilo/buffet, o tráfego com promoções representa mais da metade, 52%, e 37% no geral.

Sobre o Instituto Foodservice Brasil

O IFB é um ecossistema que representa a união da cadeia de valor, com fabricantes, prestadores de serviços e operadores de estabelecimentos, que juntos buscam soluções para temas que impactam o mercado de alimentação fora do lar e o consumidor, através do desenvolvimento de inteligência, tecnologia e inovação, ESG e inciativas ligadas a relações governamentais, institucionais e jurídicas.

Facebook
Twitter
LinkedIn