Do total de 464,7 mil empresas que apareceram pela primeira vez no mercado em 2007, 353,6 mil (76,1%) sobreviveram em 2008; 285,0 mil (61,3%) haviam sobrevivido no mercado até 2009 e 240,7 mil sobreviveram até 2010 (51,8%). Ou seja, após três anos da entrada no mercado, quase metade (48,2%) das empresas não sobreviveu, segundo o estudo Demografia das Empresas, divulgado nesta segunda, 27, pelo IBGE.
A mortalidade é maior entre as empresas sem pessoal assalariado, que registraram uma taxa de sobrevivência de 45,3%. Nas empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas o índice foi de 70,3% e nas com 10 ou mais pessoas foi de 80,2%. Confira o estudo completo.
O empreendedorismo cresce no Brasil, mas é preciso melhorar também sua qualidade. E aumentar a competitividade das empresas, especialmente das micro e pequenas, é a solução para aumentar a permanência delas no mercado.
A capacitação permanente do empreendedor e dos funcionários é a base de tudo. E planejamento contínuo é a chave para se manter no mercado. Mas é a inovação constante de processos, produtos e serviços que traz competitividade e faz das empresas organismos duradouros e rentáveis.
É claro, os governos podem fazer muito para melhorar esse cenário. Racionalização do sistema tributário, melhoria e barateamento da infraestrutura (especialmente energia, logística e transportes) e do crédito, desburocratização, aperfeiçoamento do sistema educacional e políticas de incentivo à inovação são algumas ações há muito aguardadas. O estímulo ao comportamento empreendedor desde o início do ensino fundamental é outra medida que, em longo prazo, traria ótimos frutos (leia esta entrevista do Portal Empreendedor).
Mas os empreendedores não podem aguardar as mudanças de braços cruzados. Existem muitas instituições, como Sebrae, Senai e Senac, que oferecem cursos gratuitos ou de baixo custo, além de consultorias e programas de apoio nas áreas de gestão e inovação. Não fique parado vendo o navio afundar, nem mesmo espere a situação chegar a esta gravidade, capacite-se e inove!
E, como informação nunca é demais, confira reportagens da Revista Empreendedor que trataram com profundidade o assunto:
Boa leitura e bons negócios.