As inúmeras variedades de cafés produzidas no Brasil poderão ser degustadas a partir desta quarta-feira, 22 de junho, até a próxima sexta-feira, 24 de junho, num dos eventos mais importantes do setor na Europa. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) – com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) –, garantiu a participação da marca “Cafés do Brasil” na feira SCAE World of Coffee Maastricht 2011, na Holanda.
A exposição é promovida anualmente pela Associação de Cafés Especiais da Europa (SCAE, na sigla em inglês). O Ministério da Agricultura será representado pelo diretor do Departamento do Café, Robério Silva. Indicado pelo governo brasileiro para concorrer ao cargo de diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), ele aproveitará a oportunidade para também fazer contatos com importantes representantes do setor na Europa.
O estande “Cafés do Brasil” contará com uma área de 32 metros quadrados. No local, os visitantes poderão degustar cafés especiais de regiões produtoras brasileiras. O projeto arquitetônico é uma adaptação do espaço brasileiro desenvolvido para a feira da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA, sigla em inglês) – realizada de 29 de abril a 1º de maio, em Houston (EUA).
Segundo Silva, a participação proporcionará um ambiente favorável para estabelecer contatos e realizar negócios diretamente com potenciais compradores. Além disso, a presença no evento representará oportunidade para posicionar o Brasil como fornecedor de cafés especiais para um mercado com grande potencial de crescimento.
“Pretendemos criar uma imagem positiva do produto brasileiro na Europa, onde alguns países estão entre os maiores consumidores per capita do produto. Outro ponto importante é que esse mercado tem passado por mudanças no que diz respeito ao aumento do consumo de cafés de qualidade”, analisa o diretor.
De acordo com a BSCA, os países europeus importam cerca de 25% dos cafés especiais produzidos no Brasil, sendo Itália e França tradicionais compradores. O próximo objetivo é expandir os negócios nos demais países, incluindo os do Leste Europeu.
A marca Cafés do Brasil, símbolo do grão brasileiro, surgiu na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, quando foi criada para indicar o patrocínio do Instituto Brasileiro do Café (IBC) à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Registrada como marca oficial em 2000, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), a marca identifica, em todo o mundo, os cafés de origem brasileira.
Em 2010, o ministério criou o hot site “Cafés do Brasil” para divulgar a qualidade dos cafés brasileiros no exterior. A página está disponível (em português, inglês e espanhol), no endereço eletrônico www.cafesdobrasil.com.br, e apresenta notícias, informações, curiosidades e dados da produção brasileira, como as regiões produtoras.
Além do hot site, o ministério lançou um aplicativo para Ipad sobre o café brasileiro. A ferramenta apresenta informações sobre produção, topografia, tipos de café, área plantada, sistema de processamento das 12 regiões produtoras em seis estados do país (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rondônia e Bahia).
O aplicativo pode ser baixado gratuitamente na Apple Store (http://itunes.apple.com/gb/app/cafes-do-brasil/id433533746?mt=8). Os dados e os recursos oferecidos pela ferramenta foram criados para ajudar produtores a impulsionar os contatos com os potenciais clientes e compradores e estimular ainda mais o agrone gócio do setor.
O setor em números
O Brasil é o maior produtor (48,1 milhões de sacas em 2010) e exportador mundial de café. O país também é o segundo maior consumidor da bebida. O produto é cultivado em 11 estados, o que envolve cerca de 300 mil produtores, numa área plantada de 2,2 milhões de hectares. A cadeia produtiva é responsável pela geração de mais de oito milhões de empregos.
As exportações de café renderam ao Brasil US$ 5,7 bilhões em 2010, resultado recorde. O número representa um crescimento de 34,7%, em relação ao registrado em 2009 (US$ 4,3 bilhões). Os principais destinos do produto foram os Estados Unidos (US$ 10,7 milhões), Itália (US$ 3,7 milhões) e Argentina (US$ 1,7 milhão).