A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, que integra o Senado, deu parecer favorável, na última quinta-feira (28), às indicações de Sergio Luiz Canaes, Débora Vainer Barenboim e Maria Auxiliadora Figueiredo para as embaixadas da Arábia Saudita, da Eslovênia e de Costa do Marfim, respectivamente.
De acordo com Canaes, existem oportunidades crescentes para empresas brasileiras de setores como energia e telecomunicações na Arábia Saudita. Além disso, o País irá investir US$ 1,5 trilhão nos próximos dez anos em obras de infra-estrutura, o que deve fomentar o comércio exterior.
O comércio bilateral entre árabes e brasileiros – atualmente de US$ 3,2 bilhões – é levemente deficitário para o Brasil. Entretanto, o embaixador indicado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) prevê que o esforço exportador do Brasil poderá reverter esse quadro nos próximos anos.
Para ele, a aproximação com a Arábia Saudita é importante, uma vez que os árabes detêm um quarto das reservas mundiais de petróleo. E existe a perspectiva de o Brasil ingressar na Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo), caso seja confirmada a existência de grandes jazidas de petróleo na Bacia de Santos.
Eslovênia e Costa do Marfim
Débora, que está cotada para a embaixada da Eslovênia, definiu a nação como um "país jovem em uma região conturbada", e anunciou a intenção brasileira de estabelecer um entreposto comercial no porto de Kober, na Eslovênia.
Com o entreposto, será aberta uma porta para um mercado potencial de mais de 100 milhões de pessoas na Europa Central. Se o nome da ministra de segunda classe da carreira diplomática for confirmado, Débora será a primeira embaixadora brasileira no País.
Já a indicada para a embaixada da Costa do Marfim, que também é ministra de segunda classe da carreira diplomática, deverá exercer cumulativamente os cargos de embaixadora na Libéria e em Serra Leoa. Ela afirmou que o governo brasileiro pretende cooperar nos processos de busca de paz nos três países afetados por conflitos internos.