*Por Julian Tonioli, engenheiro pela USP e sócio fundador da Auddas
Um dos maiores desafios dos gestores das empresas de alta performance é estabelecer e monitorar as metas e os objetivos do time, em consonância com a estratégia da companhia.
As metas e os objetivos são ferramentas poderosas para motivar o trabalho da equipe e potencializar os resultados do negócio. Contudo, devem estar alinhados com o planejamento estratégico definido para aquele momento da organização, assim como, precisam proporcionar o desenvolvimento dos gestores e colaboradores, além dos demais stakeholders envolvidos. Lembrando o método SMART para a definição de metas e objetivos, eles precisam ser específicos (E), mensuráveis (M), atingível (A), relevantes (R) e com prazo determinado (T).
Então, quando a meta não é realista, seu time não se compromete a cumpri-la, dado que não é atingível. Da mesma forma, quando a meta não tem data para começar ou acabar, não pode ser medida. Assim, metas ruins podem gerar frustração aos colaboradores e atrapalhar o desempenho de sua empresa.
Dessa forma, para estabelecer metas eficazes para sua equipe, o gestor precisa, em primeiro lugar, alinhar as metas à visão, à missão, aos valores, aos princípios, aos objetivos e às estratégias do negócio. Em seguida, ele deve considerar os recursos necessários e os eventuais desafios que surgirão ao longo do caminho, além dos resultados almejados. Por fim, precisa deixar bem claro para o time as razões motivadoras para a conclusão do objetivo e as medidas de sucesso, ou seja, como será avaliado o trabalho de cada um em direção ao resultado.
Para isto, a utilização dos indicadores chave de desempenho (KPIs) é a forma mais eficiente para motivar o time e medir a evolução do trabalho em direção aos objetivos estabelecidos. Após definir o KPI que vai ser monitorado (número de clientes novos, por exemplo), é preciso estabelecer a métrica que será medida (10%) naquela meta. Neste momento, entra em cena o conceito de gap da meta, que é uma maneira de considerar o ponto de partida da meta até o seu alcance.
Não adianta puxar a meta do nível um para o dez. O que deve ser feito para elevar o KPI do um para o 2,5 é diferente do que deve ser feito para ir do 2,5 para o 3,5 e assim sucessivamente. Para isso, existe o conceito de gap da meta, que é a diferença entre onde o dono do negócio está e onde quer chegar. E o empresário tenta capturar de 25% a 50% do gap com cada ação que planeja.
Dessa forma, a cultura de compromisso é priorizada e respeitada. Ou seja, o empresário deve ir subindo a barra ao longo do tempo. Então, se planeja ir do um para o 10, primeiro define a meta de 1 para 2,5, depois de 2,5 para 3,5, e aí para x, y, z, até chegar no 10. Para cada meta, deve definir um conjunto diferente de ações, que serão revisitadas a cada estágio. Assim, o dono do negócio promove o desenvolvimento gradual da equipe e garante resultados mais consistentes e duradouros.
Com isso, o gestor conseguirá definir as suas metas de forma que elas sejam mais realistas e que, efetivamente, criem resultados muito melhores junto ao