A junção de quatro tecnologias – computação em nuvem elástica, Big Data, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) – está mudando fundamentalmente a maneira como os setores público e privado operam, mas a realidade é que a maioria das empresas enfrenta enormes desafios para acompanhar as tendências, conceitos e siglas, bem como entender como isso tudo se encaixa em seus negócios.
A transformação digital vai até o âmago de como as organizações operam e do que fazem. Essas tecnologias não só substituem o arranjo atual por algo familiar, que é apenas mais rápido ou mais moderno. Essa abordagem exige maneiras totalmente diferentes de fazer coisas completamente novas.
Mas a realidade é que a maioria das empresas tem muitos problemas para ir além de experimentos e protótipos e levar modelos baseados em dados, uma das alavancas da transformação, para o estágio de produção. É por isso que, neste ano, em vez de discutir temas específicos como IA, IoT e outros, trataremos a transformação digital de maneira aplicada e prática.
Segundo o autor Tom Siebel, a disponibilidade de fontes de computação poderosas e cada vez mais baratas muda todo o paradigma da computação, permitindo endereçar uma grande classe de problemas que antes eram insolúveis. No entanto, o especialista avisa que esses volumes maciços de dados devem ser abordados de maneiras estratégicas.
Com base nessa visão e na abordagem do SAS como empresa cada vez mais focada em serviços, neste ano nos concentraremos em tornar essas abordagens estratégicas que Siebel menciona ainda mais fáceis, para clientes onde isso faz sentido.
Empresas já aprenderam que uma estratégia de analytics é algo básico, mas também vemos que organizações têm cada vez menos recursos disponíveis para montar uma equipe analítica – o que elas querem é uma peça que possa ser “plugada” à sua construção de Lego existente.
À medida em que 2020 se desenrola, focaremos na entrega de modelos prontos que permitirão que organizações superem a barreira de novos custos e requisitos de processos para poder criar sua capacidade analítica. Embora isso possa não parecer uma nova abordagem, trata-se de fornecer uma resposta direta à necessidade de pragmatismo na transformação digital. Nos próximos meses, teremos casos de uso e playbooks para apoiar projetos a prazos que, em alguns casos, podem ser concluídos dentro de um mês.
Embora o objetivo seja a simplificação da jornada de transformação digital para nossos clientes, seja na entrega de um pequeno serviço específico, de um modelo complexo, o ponto-chave ainda será começar ajudando estas empresas a saber exatamente o que pretendem resolver. Com isso em mãos, e tendo começado com uma infraestrutura de software flexível e com uma abordagem prática para endereçar os aspectos culturais, será muito mais fácil identificar e implementar os blocos de Lego de que as organizações precisam para realmente levar a transformação digital adiante.
*Bruno Maia é Head de Inovação do SAS América Latina.