Professor Lucas Silva acredita que o caráter multidisciplinar é o que faz a procura por profissionais desta área aumentar

Até pouco tempo atrás, os assessores de investimentos eram figuras raras no mercado financeiro. Isso porque com as taxas de juros em um patamar de dois dígitos, era possível conquistar retornos positivos em operações de pouco risco, o que diminuía a necessidade de aplicações mais complexas. No entanto, nos últimos anos, com o número de brasileiros dando os primeiros passos nos investimentos, esse cenário começou a tomar um novo rumo.

“A figura do assessor se tornou essencial para orientar e guiar as pessoas que desejavam se aperfeiçoar nessa área. Também conhecidos como agentes autônomos, esses profissionais possuem um caráter multidisciplinar, uma vez têm a missão de levar a educação financeira para a vida de quem deseja começar a investir”, explica Lucas Silva, CEO e fundador da edtech Professor Lucas Silva Certificações.

De acordo com o Anuário de 2021 da Associação Nacional das Corretoras de Valores (Ancord), atualmente, o Brasil possui mais de 17 mil profissionais atuantes no país. A título de comparação, em 2016 o número de agentes habilitados para atuar nessa função era de 5,5 mil. “Hoje há um crescimento geográfico no número de agentes autônomos, mas São Paulo ainda é o estado que mais possui especialistas nesta área”, pontua o professor.

Considerando que os profissionais que atuam como assessores de investimentos não precisam necessariamente trabalhar ligados a bancos, o administrador e especialista em finanças aponta que esse aumento na busca por esses profissionais pode ser considerada uma mudança de comportamento no perfil do investidor. “Os investidores têm valorizado, cada vez mais, o atendimento personalizado e o contato pessoal, o que pode ser considerado como uma mudança de comportamento. Afinal, a figura do assessor é justamente de avaliar as oportunidades de acordo com o perfil do cliente e apresentá-las mostrando o melhor caminho”, finaliza Lucas Silva.