“Cresci acompanhando meus pais nos negócios, estudei, criei minha empresa e hoje sou CEO”

Aos 30 anos, Douglas Nomura comanda a tradicional loja curitibana Casa China

Imagine crescer nos corredores da Casa China – tradicional loja curitibana que há 25 anos iniciava sua trajetória explorando o conceito de loja de 1,99. Assim foi a infância de Douglas Nomura, atual CEO da empresa e sobrinho-neto do fundador Akira Yamashita. Com apenas 30 anos de idade, ele uniu os aprendizados que recebeu da família à sua bagagem acadêmica, com formação em administração, MBAs e cursos no exterior.

Aos 19 anos de idade ele começou a participar das negociações junto aos diretores da empresa da época, mas desde criança tinha o hábito de acompanhar os negócios da família. “Meu desenvolvimento e aprendizado vieram através do exemplo e da observação. Eu parecia uma sombra dos meus pais, sempre os seguindo em todas as execuções da empresa, desde separação de mercadoria, etiquetagem dos produtos e até nas negociações com fornecedores”.

Mas sua paixão pela Casa China não o impediu de ir além e abrir um negócio próprio aos 18 anos. A ideia surgiu na sua segunda viagem para a China, onde conheceu as fábricas chinesas e enxergou a oportunidade de abrir a D&K Importadora, mesmo em um cenário com câmbio instável na época e sem ter muito conhecimento na área.

O executivo conta que sua trajetória não foi só de acertos e acha graça ao relembrar da sua primeira importação que, segundo ele, foi catastrófica. “Importei um container de guarda-chuva e levei mais de 3 anos para conseguir vender tudo, tive que vender no mesmo custo que importei pois não sabia fazer o processo de importação da maneira correta”.

Com o passar dos anos, ele estudou bastante e desenvolveu novas ferramentas de gestão, o que garantiu estratégias assertivas e decisões que transformaram a D&K em uma referência no mercado brasileiro. “Um fator decisivo foi não desistir e aprender rápido com os erros”.

Casa China
A Casa China possui um case único no varejo por sua expansão marcada pela concessão da marca para filhos, irmãos e primos do fundador. A gestão familiar é organizada por um conselho gestor e foi um consenso entre a família que o Douglas Nomura ficasse à frente da empresa.

“Por sermos de descendência japonesa, temos em nossa essência atitudes que refutam e evitam conflitos, um grande diferencial que percebo em relação a outras empresas familiares. Nós respeitamos a opinião de todos e sempre encontramos um campo neutro onde conseguimos satisfazer a cada um”, afirma Nomura.

Na sua gestão como CEO da Casa China, ele busca incorporar tecnologias e inovar ao mesmo tempo que mantém a tradição da marca, que apesar do nome é de origem japonesa. Entre as novidades, está a expansão para novas cidades e um amplo mix de 25 mil itens, que já não possui apenas os famosos produtos de “1,99”. A empresa passou a comercializar produtos de variados segmentos, como utilidades domésticas, decoração, brinquedos, material escolar, ferramentas, bomboniere e petshop, com destaque para grandes marcas como Tramontina, Tilibra, Disney, Estrela, Faber Castell, Plasvale, Plasútil, Vonder, Sanremo, Arthi, Foroni, Bic, Nadir Figueiredo e Wheaton.

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