No último ano, o agronegócio foi responsável por cerca de metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, garantindo um resultado positivo de 2,3% para a economia do País em 2013. Aproximadamente um quarto das riquezas produzidas em 2013, R$ 4,84 trilhões, vem do agronegócio, que além da agropecuária engloba a agroindústria, a distribuição de produtos e a produção de insumos. E mais de 40% das exportações brasileiras estão ligadas ao setor, que apresentou superávit de US$ 82,91 bilhões em 2013 – 32 vezes superior ao resultado da balança comercial brasileira, US$ 2,561 bilhões.
Hoje, o agronegócio brasileiro (segundo maior produtor de grãos, terceiro maior de frutas e um dos maiores de carne) é fundamental para alimentar o mundo e aquecer a economia do País. E a tendência é de crescimento do setor. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a demanda por alimentos e energia cresça 50% até 2030, e espera que o Brasil atenda boa parte desta expansão – acredita-se que 60% da carne comercializada no mercado mundial em 2040 será brasileira. A aposta do órgão internacional deve-se ao fato do País possuir uma das maiores áreas ainda não explorada de terras agricultáveis e águas para aquicultura, sem afetar zonas de preservação.
O aumento da produção, principalmente via melhoria da produtividade, exigirá dos produtores brasileiros profissionalismo e tecnologias inovadoras e sustentáveis. Dos governos, além do crédito para as safras, espera-se o fomento à inovação no campo e a solução de problemas relacionados à logística e à infraestrutura para sermos mais competitivos no comércio internacional. Outro caminho que deve ser seguido é o aumento da industrialização das commodities e a valorização da marca dos produtos brasileiros.