Franqueados compartilham a experiência de passar praticamente 24 horas juntos, dia a dia, destacando os pontos positivos e negativos dessa aventura
Na hora de empreender, um dos pontos importantes é decidir o parceiro com quem colocar em prática o sonho do negócio próprio, aumentando assim o capital e dividindo as tarefas e responsabilidades. Muitos escolhem como sócio o seu companheiro ou companheira também da vida pessoal. Essa decisão pode representar um grande desafio, mas também um estímulo para o casal, a união de forças em prol futuro bem-sucedido. Dois casais que levaram o companheirismo para o negócio contam como é a experiência de passar praticamente 24 horas juntos, dia a dia, destacando os pontos positivos e negativos dessa aventura.
O casal Ana Caroline de Brito Fonseca, farmacêutica, e Vicente de Paulo Araujo Jr, engenheiro agrônomo, vivem juntos há quase três anos, em Unaí-MG, e tinham o desejo de investir no próprio negócio. Depois de algumas pesquisas, em novembro de 2021, optaram por empreender na franquia da FarMelhor, pois já era um sonho de Caroline por ser farmacêutica. (foto acima)
Eles estão muito satisfeitos com o negócio e descobrindo os benefícios e desafios de dividirem a vida pessoal e profissional. Ela conta que a intimidade entre os dois é um dos benefícios, pois dá a liberdade de dizer o que pensa sem causar atrito. Em contrapartida, entre os desafios está encontrar um ponto de equilíbrio na gestão das pessoas. “Ele é mais flexível do que eu, então discordamos em alguns pontos”, aponta Ana Caroline.
Outra questão que tem sido um desafio para ambos, é aprender a não levar os problemas do trabalho para casa. “A gente chega em casa e continua falando de trabalho. Precisamos aprender a desligar a chave. Depois que fechar a farmácia só voltar a falar do assunto no dia seguinte quando abrir novamente. Em casa os assuntos precisam ser outros”, afirma Vicente.
Marianna Galvão e Gabriel Lucio Manha vivem juntos há 12 anos. Em 2018, o casal decidiu iniciar o próprio negócio e escolheram abrir uma franquia da Nutty Bavarian, na cidade de Itupeva, no interior de São Paulo. Gabriel diz que o maior desafio enfrentado desde o início da abertura do quiosque foi manter o empreendimento durante a pandemia. “Ficamos fechados por muito tempo, tivemos que nos reestruturar, pensar em alternativas para continuar a vender. Além disso, no dia a dia, é preciso ter muito jogo de cintura para lidar com funcionários, burocracias, fornecedores etc.”, afirma o empresário.
Quais as dores e alegrias de ser um casal empreendedor? Segundo Marianna, “a vantagem é que juntos somos mais fortes, temos suporte e companheirismo. A desvantagem é que, muitas vezes, levamos os problemas do negócio para casa e não conseguimos desligar”