A Câmara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico) estima que o e-commerce brasileiro deve registrar expansão de cerca 35%. A expectativa pode aumentar, caso haja aumento do acesso à banda larga, da bancarização on-line e da oferta de crédito.
Outro fator que pode estimular o crescimento do setor são eventuais medidas governamentais com potencial para estimular maiores compras.
“Para que a expansão continue no médio e longo prazos, é importante investir mais não só na quantidade e qualidade dos acessos à banda larga e na disponibilização de meios de pagamento digitais, em especial para as classes C, D e E, como também em estudos que identifiquem e expliquem a resistência de muitos internautas ao comércio eletrônico, uma questão cultural ainda a ser vencida”, afirmou o diretor-executivo da Camara-e.net, Gerson Rolim, durante o comitê de Marketing da Amcham (Câmara Americana de Comércio).
E-commerce no Brasil
Rolim declarou que a melhora da segurança on-line, a expansão de indústrias como a de viagens e turismo, os investimentos de varejistas no meio eletrônico e avanços em logística têm impulsionado o e-commerce no Brasil.
A esses fatores ele acrescentou a comodidade da compra, os preços mais baixos que nas lojas físicas e a maior possibilidade de parcelamento, já que 80% das vendas do comércio eletrônico são efetuadas com cartões de crédito e débito, benefícios que atraem os consumidores.
Faturamento
Segundo dados da Câmara-e.net, desde o início da década, o faturamento nacional de comércio eletrônico sobe significativamente no País. Passou de R$ 549 milhões em 2001, data do primeiro registro, para os R$ 10,8 bilhões de 2009. No período, os chamados e-consumidores saltaram de pouco mais de um milhão de pessoas para 17,2 milhões.
Somente em 2010, o comércio eletrônico deverá faturar aproximadamente R$ 15 bilhões, alta de cerca de 40%, na comparação com o ano passado.
Em relação aos outros países da América Latina, o Brasil ocupa posição de destaque, respondendo por 60,8% do consumo on-line total na região, superando o México (12%) e o Chile (5%).
Compras coletivas
Este ano, o e-commerce foi impulsionado também pelos sites de compras coletivas, segmento que tem atraído interesse de empreendedores, conforme afirmaram o diretor de Marketing e Relacionamento com Parceiros do Groupon, Daniel Funis e sócio-fundador do Faro Urbano, Alexandre Abdala.
“As compras coletivas são a melhor forma de incluir o pequeno varejo no e-commerce. Nunca houve forma tão simples, fácil e sem riscos de dar visibilidades a esses empreendimentos diante do grande público, com tão baixo custo. Há ganhos em termos de valor de marca e ampliação da carteira de clientes”, disse Funis.