Diego Monteiro é fundador da Gracom School of Visual Effects, uma franquia de escolas de efeitos visuais, que está completando 10 anos no mercado brasileiro e conta com 21 unidades espalhadas pelo país. Ele compartilha sua trajetória via Eu, Empreendedor.
Comecei a trabalhar distribuindo panfletos de uma escola de informática no Rio de Janeiro quando tinha 16 anos de idade. Sou filho de uma família pernambucana, e na época morava com meus parentes no Rio de Janeiro. Desde adolescente, trabalhei para pagar as contas.
A ideia para criar minha própria escola de computação aconteceu durante o trabalho, em um evento para fãs de animes (desenhos animados japoneses). Percebi que era uma área com muito público, mas com pouca gente que sabia produzir. A escola em que eu trabalhava ensinava só o pacote Office, como a maioria fazia na época.
Foi o estalo para ter a ideia de criar uma escola de computação gráfica que fosse acessível. Ouvia falar de brasileiros que trabalhavam em empresas como Marvel, Pixar, Disney… Via que a maioria era autodidata e que estávamos engatinhando nessa área no Brasil. A tecnologia estava em polos específicos, como Rio e São Paulo, e os cursos eram caros.
Foi então que me uni a um sócio investidor e demos início ao negócio. A empresa começou na cidade de Feira de Santana, interior da Bahia em 2008, longe de onde os estudantes de computação gráfica estavam acostumados a estudar. Como tínhamos poucos recursos, resolvi começar numa região que tivesse menos custos. Hoje, vejo que mudamos a mão de obra desse setor e ajudamos a expandir a tecnologia pelo país.
Dentre os conteúdos oferecidos pela Gracom School of Visual Effects estão arte e desenvolvimento de games, animação 3D, efeitos especiais para cinema, desenho para arquitetura e esculturas para computação gráfica. Hoje, a Gracom é um centro de treinamento autorizado pela Adobe, líder mundial em soluções digitais. A mensalidade dos cursos fica entre 250 e 450 reais e os alunos têm uma empregabilidade de 75%.
Em 2018, nossa previsão é de que pelo menos 12 novas franquias sejam abertas, o que representa um crescimento de 50% da rede, com foco principalmente nos estados da região Sudeste. O objetivo é atingir um crescimento de 30% nos negócios. Com isso, nossa marca deve atingir 20 mil alunos em todo o país.
O faturamento previsto para 2017 é de R$ 26 milhões, crescimento de 30% em comparação a 2016, quando faturamos R$ 20 milhões. Em 2018, esse valor deve chegar a R$ 34 milhões, alta de 25% em relação a 2017.