Em tempos de crise e concorrência acirrada, é preciso profissionalizar o negócio e se capacitar para saber enfrentar todos os obstáculos e ter sucesso. Na economia criativa, segmento que movimenta cerca de US$ 8 trilhões no mundo, essa premissa não é diferente. Produtores culturais, escritores, músicos, atores também precisam olhar suas carreiras como uma empresa, que necessita de organização e conhecimento em gestão como qualquer outra.
“O artista normalmente não possui características e conhecimentos relacionados à gestão empresarial, pois investe seu tempo basicamente na criação. Entretanto, saber administrar é essencial para a sustentabilidade financeira e para a expansão do negócio”, avalia a coordenadora de Economia Criativa do Sebrae Nacional, Débora Mazzei.
Para discutir os desafios da oferta de atendimento aos empreendedores desse segmento, o Sebrae e o Ministério da Cultura realizam, até sexta-feira (17), o II Encontro dos Gestores das Incubadoras Brasil Criativo. O evento será aberto com o painel Economia Criativa: fazer acontecer, na Faculdade Dulcina de Morais, em Brasília. A programação, das 9h30 às 12h30, vai reunir o professor e coordenador da Especialização em Economia da Cultura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Leandro Valiati; o coordenador de Incubadoras da Porto Digital/Pernambuco, Marcos Oliveira; o empresário carioca Marco Ferreira com a moderação de Jean Sigel, especialista e pesquisador sobre o tema criatividade.
As Incubadoras Brasil Criativo são espaços que oferecem informação, capacitação, consultoria e assessoria técnica, voltados à qualificação da gestão de projetos, produtos e negócios dos empreendimentos criativos em 13 estados (Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do norte e Rio Grande do Sul) e no Distrito Federal.
O evento faz parte do Acordo de Cooperação Geral firmado entre o Sebrae e o Ministério da Cultura, que prevê uma série de ações em todo o país voltadas ao levantamento de dados da economia criativa no país, assim como a capacitação técnica em gestão dos profissionais do segmento e o acesso a novas oportunidades de negócio.
De acordo com dados do Ministério da Cultura, o setor emprega 3,7 milhões de pessoas; ou seja, 4,5% do total de trabalhadores brasileiros, com crescimento anual de 7%. Para o Sebrae, economia criativa é o conjunto de negócios baseados no capital intelectual, cultural e na criatividade, gerando valor econômico. A instituição prioriza os segmentos, audiovisual, design, TIC, moda, música, comunicação e artesanato.
Serviço:
Painel Economia Criativa: fazer acontecer
Data: a partir de 14 de julho
Local: Faculdade Dulcina de Moraes – Setor de Diversões Sul, Ed.CONIC, Brasília