Daniela Bertoldo fundou o Instituto Bert, que apoia profissionais e organizações em suas jornadas de desenvolvimento
No final do ano passado, Daniela Bertoldo deixou uma carreira sólida no mundo corporativo para seguir o sonho antigo de se tornar empreendedora. Em janeiro deste ano, fundou o Instituto Bert, cujo objetivo é apoiar profissionais e organizações em suas jornadas de crescimento, desenvolvendo lideranças que transformam carreiras e negócios. De fato, a escolha por empreender é uma volta às origens, pois aos 17 anos, em uma de suas primeiras incursões pelo mundo do trabalho, Daniela, que é natural de Ribeirão Preto (SP), montou o seu próprio negócio, um supermercado. Experiência a qual se dedicou por três anos.
Assim como o sonho de empreender, Daniela tinha dentro de si aspirações de se tornar uma grande executiva. Foi o que a levou a abandonar sua empreitada como dona de supermercado e investir na capacitação para assumir as responsabilidades que almejava. Assim, cursou Faculdade de Administração de Empresas no Centro Universitário Barão de Mauá, tornou-se Mestre em Business Administration pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e obteve MBA executivo em Gestão Comercial, Administração e Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A carreira que construiu foi decorrência de sua vontade e preparo. Durante 25 anos ocupou cargos de liderança, gerindo pessoas e equipes em grandes empresas de diferentes nichos, tais como: seguros, meios de pagamento e franchising. Entre as companhias que atuou estão: Nationwide, Alelo Brasil, Ben Visa Vale, Banco Santander e CVC Corp. Daniela foi uma pioneira em diferentes projetos que participou. “Fui a primeira mulher a ocupar um cargo executivo na maior rede de franquias de lazer do país, a primeira gestora brasileira a conduzir uma joint venture de grande porte na área de seguros e a primeira executiva do mercado a participar da criação da startup de benefícios de um dos maiores bancos do mundo”, relata.
Liderar sempre foi muito mais do que uma habilidade que desenvolveu para alcançar melhores postos em sua carreira. “Desde cedo apresentou-se como uma paixão”, afirma Daniela. Nada mais óbvio, então, do que usar sua expertise para ajudar pessoas e empresas a se tornarem líderes também. Para tanto, através do Instituto Bert, desenvolveu um método visando empoderar pessoas e transformar carreiras e negócios. “Ele leva o nome do instituto e cada letra representa um pilar para o desenvolvimento humano”, diz.
A letra B é de bem-estar, bem ser e bem-viver, pois o indivíduo necessita estar bem consigo mesmo para fazer as escolhas necessárias para o seu desenvolvimento. A letra E, por sua vez, significa escolhas, que decorrem de um processo natural de bem-estar, bem ser e bem-viver. Já a letra R diz respeito à ressignificação necessária à carreira e ao negócio. E, por fim, a letra T, representa a transformação, objetivo a ser alcançado pelo método. “O método Bert é ciclo que se inicia com o autoconhecimento e culmina na transformação, para que a pessoa consiga obter os melhores resultados mantendo sua essência”, declara.
O pendor por empoderar também se manifesta em mais um de seus empreendimentos: o projeto social “Grandes Mulheres do Interior”, lançado em março deste ano para celebrar o Mês Internacional das Mulheres. “A iniciativa consiste em mulheres mentoras, capacitadas e competentes, doando o seu tempo para auxiliar outras mulheres – que não têm condições financeiras para arcar com o serviço – no desenvolvimento de suas carreiras e negócios”, explica Daniela.
Mãe de um filho, chamado Pedro, hoje com 17 anos de idade, dona de um currículo invejável como executiva em grandes corporações, Daniela sabe como é desafiadora a vida de uma mulher e mãe no mercado de trabalho. “Culturalmente, a mulher é preparada para formar família, cuidar dos filhos e deixar a carreira em último plano. Quando escolhe ter uma profissão e ainda por cima sendo mãe, a cobrança da sociedade é muito mais forte”, conta. De acordo com ela, conciliar essas diferentes funções, em termos de tempo e emocionalmente, é um desafio muito grande, por isso, segundo ela, muitas mulheres desistem. Para que elas persistam em seus sonhos, o projeto foi criado.