A cidade gaúcha de Bento Gonçalves vai receber, entre os dias 26 e 29 de setembro, um dos mais importantes eventos internacionais voltados ao segmento da viticultura no Brasil. O Wine South America (WSA) vai reunir 95 vinícolas nacionais, além de 250 expositores de todas as partes do mundo e promover uma maior visibilidade do vinho brasileiro. Além de proporcionar uma aproximação entre produtores e consumidores, a feira também é uma importante oportunidade de negócios. O evento tem o apoio do Sebrae que, desde junho deste ano, vem desenvolvendo, em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o projeto Valorização dos vinhos brasileiros.
Durante quatro dias, o Wine South America vai reunir mais de mil especialistas, entre enólogos, enófilos, someliers, jornalistas especializados e apreciadores de vinho de vários países. A escolha de Bento Gonçalves para sediar o evento não se deu por acaso. A cidade é considerada a capital do vinho, no estado que é o maior estado produtor do país. O Rio Grande do Sul reúne em torno de 15 mil famílias ligadas diretamente a viticultura e movimenta por ano cerca de R$ 2,5 bilhões com o mercado do vinho.
Convênio
Desde junho deste ano, o Sebrae e o Ibravin são parceiros no projeto que vai beneficiar, até março de 2020, vinícolas de pequeno porte, agentes comerciais, produtores informais, além de estabelecimentos e profissionais do setor de alimentação fora do lar. À princípio, o convênio, o terceiro firmado entre as duas instituições, será desenvolvido com foco nas regiões que integram o roteiro do enoturismo no Brasil: Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal. Porém, se houver fortes demandas de outros estados brasileiros pelas ações do projeto, existe a possibilidade de ampliação. “O convênio também colaborará para a promoção comercial do Vinhos do Brasil contribuindo para a competitividade do produto nacional”, explica o especialista do Sebrae, Victor Ferreira
A parceria vai incentivar, ainda, a regularização de agricultores familiares como produtores de vinho colonial ou artesanal, enquadrados na Lei do Vinho Colonial, além de estimular a formalização de vitivinicultores informais de uva através da adesão ao Simples Nacional, que começou a vigorar para o setor neste ano. A expectativa é que mais de mil produtores nessas condições conheçam os benefícios da legalização por meio de workshops online e presenciais e envios de informações, entre outras atividades.