A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) está com inscrições abertas para a missão empresarial brasileira ao Japão, que está programada para acontecer entre os dias 17 e 27 de abril.
A missão é multisetorial e deverá contar com aproximadamente cem empresários brasileiros, com prioridade para os setores de alimentos, software, autopeças, têxtil, turismo, móveis e artigos de decoração, jóias e bijuterias.
O objetivo é "proporcionar às empresas que desejam exportar ou expandir as suas exportações para o Japão contato com pequenos e médios compradores daquele país (importadores, atacadistas, varejistas e agentes distribuidores), bem como com as grandes tradings que dominam a distribuição de determinados setores".
A Fiesp também pretende divulgar o Brasil no exterior e provar que se trata de um produtor altamente especializado, criativo e competitivo no mercado internacional, em termos de custos e qualidade.
Quem pode participar
O público-alvo é formado por empresas brasileiras, sem restrição de tamanho, que possuam potencial exportador para o Japão. Por conta do difícil acesso ao mercado japonês, a missão deve contemplar preferencialmente as empresas que já possuam know-how exportador, e que, portanto, possam representar uma real possibilidade de atuação no mercado japonês.
Justificativa
De acordo com a Fiesp, o mercado japonês é importante para as exportações brasileiras. Embora o Japão tenha passado por um período de recessão durante quase uma década, o PIB (Produto Interno Bruto) do país apresentou crescimento de 2,2% em 2006. No conceito de paridade de poder de compra, o PIB japonês alcançou, no mesmo ano, US$ 4,3 trilhões.
Impressiona também o PIB per capita da ilha asiática, da ordem de US$ 37,640 mil, em 2006. Apesar do peso do mercado do japonês, o volume exportado pelo Brasil o país asiático ainda se encontra muito aquém das possibilidades, de acordo com a entidade. No ano retrasado, o Brasil exportou US$ 3,894 bilhões para o Japão.
Setores promissores
Mas alguns setores brasileiros podem obter avanços significativos em termos de acesso a mercados como o japonês. O setor sulcro-alcooleiro, por exemplo, é um dos expoentes nesse quesito.
As novas demandas por combustíveis ecologicamente sustentáveis, principalmente após as iniciativas do Protocolo de Kyoto, contribuíram para o aumento da demanda por produtos desse segmento.
Além disso, possuem grande potencial o setor de alimentos, o joalheiro, a indústria de software, e a de moda e acessórios. Os japoneses ainda se interessam pelos alimentos orgânicos e se mostram dispostos a pagar mais caro por produtos mais saudáveis, devido ao envelhecimento da população e à conseqüente preocupação com a saúde.
Mais informações sobre a missão podem ser encontradas no site www.fiesp.com.br
