Hoje, lidero três empresas diferentes, todas na área da tecnologia. Minha história começou como a de muitos empreendedores no Brasil. Eu queria fazer a diferença, correr atrás dos meus próprios negócios e ao mesmo tempo, ser bem-sucedida tanto na minha vida profissional quanto pessoal. Como tantos, eu não sabia como começar, nem por onde, então tentei organizar as ideias. Entender de forma analítica quais eram minhas qualidades e defeitos.
Separei minhas hard skills das soft skills para entender como eu poderia afetar o mundo dos negócios. Eu me formei em Administração no Cefet RJ, em 2007, sou mestre em Economia Internacional pela Panthéon-Sorbonne, MBA pelo Insper e também me especializei em Healthcare pelo Bio Design de Stanford em parceria com o Albert Eintein. Minha carreira profissional girou em torno de melhoria de eficiência operacional e OKRs de resultado, ou seja, análises de desempenho e como eles poderiam ser melhores ao implantar tecnologias e melhorar processos. Meus trabalhos sempre foram muito bem aplicados e os resultados chegaram a render milhões de reais para as empresas que eu trabalhava. Essas eram minhas hard skills e elas me fizeram perceber qual área eu poderia seguir.
Por outro lado, estavam minhas soft skills. Foram elas quem me fizeram entender que eu poderia ser uma empreendedora de sucesso. Eu aprendi a liderar, delegar as tarefas para as pessoas certas, mas também o que deveria centralizar, a motivar meu time e conduzir de forma adequada. Claro que eu errava e ainda erro em alguns momentos, mas existem erros que podemos nos permitir para aprender mais.
Tudo isso me conduziu para um passo ousado, que era empreender. Apesar de o Brasil ter muitos setores atrasados, dois em particular mexem pessoalmente comigo: saúde e finanças. O primeiro, toca mais o coração, pois vejo muitas pessoas que poderiam ter uma qualidade de vida melhor se o setor não fosse tão defasado tecnologicamente. O de finanças também mexe comigo. Os brasileiros recebem um serviço de má qualidade, em geral, por conta de uma defasagem tecnológica, e eu sei resolver vários desses problemas. Confiei na minha capacidade e abri empresas de soluções tecnológicas.
Em 2015, abri a RedFox, uma empresa de transformação digital com foco nos mercados de saúde e finanças. Foi empreendendo que entendi que ser bem-sucedida era algo que me movia, mas no fundo, eu tinha algo mais pelo qual lutar. Eu não queria apenas ter bons resultados, mas ser lembrada, fazer a diferença. Eu precisava impactar empresas e pessoas. Era meu novo norte.
E essa fase foi muito desafiadora, pois, na área de tecnologia, eu já tinha experiência considerável, conhecimento técnico e prático. Por que não daria certo? Bem, ter domínio profissional em uma área não significa que é fácil empreender nela. É preciso de muito foco, esquecer o descanso, férias, enfim, toda a fórmula que muitos falam na internet é verdade. É um desgaste tremendo. Achar uma lacuna no mercado e trabalhar exaustivamente em cima disso, é, no entanto, revigorante. Já tive a honra de conseguir resultados interessantes para clientes líderes no segmento, como Dasa, Fleury e Alper Seguros.
Passados alguns anos, sei que meu sonho de fazer a diferença já passa a ser realidade. Ser uma CEO de uma empresa em um mercado em expansão traz um pouco de receios, mas me sinto apta a liderar a equipe, tenho confiança de que sei o que estou fazendo e que somos uma vanguarda na transformação digital do País.