Movimento no setor está normal, apesar do excesso de chuvas no estado fluminense e algumas regiões, segundo diretor da Abav
Verão significa sol, praia, piscina, muita diversão e, também, chuvas. Mesmo que elas estejam ocorrendo em excesso em algumas regiões do país e provocando enchentes catastróficas, como ocorreu na Região Serrana do Rio de Janeiro, o movimento de turistas na grande temporada de férias continua normal. Essa é a avaliação de Leonel Rossi Jr, diretor de relações internacionais da Abav Nacional.
“Nada demonstra que o verão deste ano deixará de ser melhor do que o de 2010. Quem viaja no verão, sabe que a chuva está na programação. Chove e depois faz sol”, afirma Rossi. Não há cancelamentos significativos de pacotes, nem de reservas no setor hoteleiro, até o momento, segundo ele. Apenas em áreas em estado de calamidade, como Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, no estado fluminense, é que houve desistências, obviamente. Nessa região, o turismo gera ocupação de pousadas, explica ele. "Grande parte das pessoas que para lá se dirigem possui casas e apartamentos para veraneio", argumenta Rossi.
O diretor da Abav estima que o faturamento do setor deve ficar entre 10% a 15% superior ao do verão 2010. “As vendas internacionais foram muito fortes”, destaca. Outro aspecto que chama a atenção é o fato de os brasileiros estarem comprando muito nos países visitados. “Voltamos a situação de anos atrás. Os turistas brasileiros estão viajando e comprando por causa da confiança na economia, da estabilidade no emprego e do dólar barato”, justifica.
Em relação ao carnaval, a expectativa do setor é positiva, porém, não é alta. "As pessoas estão gastando no verão, e como o carnaval é em março, talvez viajem menos nessa ocasião". A novidade é que a capital paulista se tornou um novo pólo carnavalesco nos últimos três anos. "Os desfiles são bons e há boa agenda na cidade", justifica.
Em termos de movimentação de turistas estrangeiros no país, a situação é inversa. “Nos últimos três anos, o Brasil estagnou em 3 milhões de estrangeiros por ano”, afirma Rossi. “Somos um destino muito caro. Atualmente ficamos mais caros do que Nova York e Paris”, compara. Os custos da hotelaria no Rio de Janeiro, por exemplo, estão especialmente altos, avalia. Por outro lado, o número de navios estrangeiros na costa brasileira, em 2011, aumentou para 20. No ano passado, foram 16, que transportaram 800 mil turistas ao longo do nosso litoral, informa Rossi.