Quem pode e deve influenciar outras pessoas é quem faz. Eggon, como era mais conhecido, fez muito durante toda a sua vida.  Seu nome completo: Eggon João da Silva. Foi um João da Silva que deu certo e com justa razão influencia quase o mundo inteiro até hoje.

No início dos anos 60, esse João da Silva era um simples bancário em Jaraguá do Sul, uma pequena cidade de Santa Catarina. Pediu ajuda para um mecânico e mais um eletricista. Decidiram juntos forjar um pequeno motor elétrico.

Para testar o funcionamento, colocaram esse motor no alto de um poste do outro lado da rua onde morava o Eggon. Puxaram um fio e ligaram a tomada na casa dele. Funcionou. Ali foi o início do fio da WEG ( iniciais do eletricista Werner Ricardo Woigt, do próprio Eggon  João da Silva  e do mecânico Geraldo Werninghaus).  Os três fizeram essa  “arte” diante dos olhos da poderosa indústria Arno, na época a maior indústria de eletromotores do Brasil e do mundo.

Depois de subir no poste diante da sua casa, Egon galgou o mundo dos negócios. Em menos de duas décadas desligou  por completo  a Arno e passou a conquistar diferentes países. Hoje a WEG tem indústrias montadas nos Estados Unidos, China, Índia, Portugal África do Sul, Argentina e México. Emprega de forma direta mais de 5 mil pessoas só no Brasil e o faturamento anual gira em torno de R$ 10 bilhões.

A WEG já não produz apenas eletromotores. Hoje é também uma das maiores fornecedoras de energia solar (energia limpa) no país e lidera a produção de peças e componentes para os carros elétricos, o que poderá ser decisivo para um mundo mais sustentável. Na pandemia, em menos de dois meses, a WEG conseguiu adaptar toda uma unidade em Jaraguá do Sul para produzir respiradores de ar e atendeu diferentes regiões do país e exportou para diferentes países.

Egon João da Silva ( 1929 – 2015) morreu aos 86 anos. Além de empreendedor exemplar, pode ser apontado hoje como um verdadeiro influenciador.