Países devem discutir modelo efetivo de desenvolvimento sustentável, diz ministra

Um ano após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falou sobre a importância do encontro internacional, destacando que chegou o momento dos países desenvolvidos discutirem um modelo efetivo de desenvolvimento sustentável. As declarações foram feitas ontem (12), durante encontro da ministra com autoridades ambientais no centro da capital fluminense para debater as consequências e o legado da Rio+20 para o planeta.

“Um dos principais pontos da Rio+20 é conseguirmos debater a questão da sociedade de consumo. É impossível erradicar a pobreza extrema nesta sociedade atual. A agenda da Rio+20 tem destacado todas as negociações internacionais de desenvolvimento sustentável e, basicamente, é uma agenda que coloca no centro da discussão a questão do homem, a questão da erradicação da pobreza e da evolução de novos modelos econômicos, para permitir que possamos tratar a sustentabilidade não só como uma questão de desenvolvimento nacional, mas de desenvolvimento global”, disse Isabella Teixeira.

A ministra traçou um paralelo entre a Rio+20 e a Conferência das Nações Unidas, Eco 92. Segundo Izabella Teixeira, elas representaram fases distintas da discussão da sustentabilidade. “A Eco 92 foi um ponto de chegada, em que se negociou um conjunto de acordos legais como a Convenção do Clima e a Convenção da Biodiversidade. A Rio+20 foi um ponto de partida. A partir do que foi definido aqui há um caminho de negociação e novos horizontes.”

Segundo o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, que também esteve presente ao evento, a verdadeira herança da Rio+20 só será de fato introduzida na história na medida em que ocorra uma transformação efetiva e que se consolidem os debates. “Somente na esfera do documento oficial foram criados compromissos até 2015. Ou seja, teremos três anos e meio para definir os objetivos e metas do desenvolvimento sustentável e para fazer um novo acordo global sobre mudanças climáticas”, disse Minc.

Informações Agência Brasil

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