Como parte da ofensiva do governo para aprovar o reajuste do salário mínimo para R$ 545, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta terça-feira que os trabalhadores brasileiros foram beneficiados por medidas tomadas para combater a crise.
Segundo o secretário, não há motivos para dar um aumento maior do que o já acertado.
Barbosa defendeu o cumprimento da regra que prevê o aumento do valor com base na inflação acumulada no ano anterior mais o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
"Não houve penalização dos trabalhadores, por isso achamos que não há uma excepcionalidade que justifique o descumprimento da regra em 2011. Todas as medidas adotadas durante a crise também salvaram empregos", afirmou.
O secretário participou hoje de audiências com as bancadas do PSDB e do DEM para discutir o reajuste do mínimo.
De acordo com Barbosa, a intenção do governo é ter uma política permanente de reajuste, que seria enviada no primeiro ano de cada mandato presidencial e valeria para os quatro anos seguintes.
Ele ressaltou ainda que não há espaço para a despesa adicional que seria gerada pelo aumento maior do mínimo.
Segundo as contas do governo, se o salário fosse elevado para R$ 580, o custo para as contas públicas seria de R$ 10,5 bilhões.