Popularização do MMA estimula o crescimento de lojas de artigos de luta

Combinar paixão e dedicação parece ser mesmo o melhor caminho para quem deseja empreender. Pelo menos é se conclui ao conhecer histórias como a de Vinícius Chelles, 30 anos. Praticante de 

artes marciais desde os dez anos de idade, o paulistano deixou de lado a promissora carreira na área de informática para dedicar-se ao antigo sonho de abrir uma loja temática com artigos de luta. “Ser apaixonado pelo que faz é o segredo de qualquer negócio”, atesta o fundador da For Fighter, pioneira no segmento no Brasil.

Valendo-se da experiência em tecnologia da informação, em março de 2008 Vinícius deixou o emprego de analista de sistemas para lançar a loja virtual da For Fighter. No início, o crescimento era tímido mas, aos poucos, passou para taxas que oscilavam entre 8 a 10% ao mês.Nos últimos dois anos – com a popularização do MMA (mixed martial arts) –  o negócio começou a crescer, a ponto de justificar a abertura de uma loja física, o que aconteceu em dezembro de 2011, com a inauguração da unidade do Shopping West Plaza, na capital paulista.

“Antes a demanda era pequena pois o mercado era extremamente segmentado, restrito a homens de 15 a 35 anos, praticantes de artes marciais e com acesso à internet. Agora, com a explosão do UFC (Ultimate Fight Championship – principal competição mundial de MMA), o público da loja abrange de crianças a partir de 7 anos até pessoas com mais de 60, entre homens e mulheres”, relata o empresário, que atualmente comanda três lojas na cidade de São Paulo.

Assim como o site – que continua em operação – os pontos de venda tem como proposta reunir produtos das principais marcas dedicadas ao universo do MMA, algumas vendidas apenas no exterior. Entre as grifes comercializadas, destaque para Everlast, Bad Boy, UFC, Red Nose e Pretorian. Com aproximadamente 100 itens, o mix inclui camisetas, bonés, bermudas, equipamentos para prática de luta (quimonos, luvas, faixas e demais acessórios), além de DVDs, jogos e calçados.

Como varejista de primeira viagem, a principal dificuldade enfrentada por Vinícius foi a entrada nos shopping centers. “É uma série de burocracias, cada shopping com suas regras próprias. Tive que me desdobrar para conseguir me adaptar. Até hoje eu sofro, mas estou um pouco mais calejado”, conta.

No momento, o empresário está às voltas com o projeto de franchising da marca, que espera inaugurar outras dez unidades nos próximos seis meses. Vinícius aposta ainda no crescimento do MMA como esporte para seguir expandindo por todo o Brasil. “Os shoppings tem cobiçado este modelo de loja, muitas administradoras e investidores tem nos procurado para saber como levar a For Fighter para cidades.” A expectativa é inaugurar dez unidades num prazo de seis meses. Somadas todas as unidades, a rede deve fechar 2012 com faturamento de 2,5 milhões.

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