A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) firmaram acordo para identificar empresas nacionais, que ainda não são fornecedoras da cadeia de petróleo e gás, mas que podem passar a ser, após ter acesso e absorver uma tecnologia estrangeira.
De acordo com o gerente executivo de Investimentos da Apex-Brasil, Alexandre Petry, a tendência é que o país necessite cada vez mais de equipamentos para a exploração de petróleo, principalmente em alto-mar. A Petrobras prêve que a produção de petróleo e gás, que atingiu em junho passado cerca de 2,4 milhões de barris de óleo equivalente, aumente para 4,2 milhões, em 2020.
“O projeto busca identificar essas empresas com perfil e potencial para o fornecimento da cadeia e, em um segundo momento, ir ao exterior e identificar onde estão essas tecnologias que podem ser colocadas em contato com o empresário brasileiro”.
A Onip fez o mapeamento dos componentes nacionais que são instalados em navios e plataformas no mar e identificou também aqueles que ainda não são fabricados no Brasil. A meta é, até dezembro, fazer contato com as empresas, localizadas no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, em São Paulo, no Espírito Santo, em Minas Gerais, na Bahia e em Pernambuco, para que participem do projeto. Segundo Petry, esses estados já têm alguns clusters (polos produtivos) com perfil para fornecer os equipamentos.
“Nós vamos visitar esses estados, vamos fazer a arregimentação dessas empresas e, depois, com apoio de consultores, vamos desenvolver uma proposta individual para cada uma dessas empresas para levar ao exterior, de modo que possam encontrar o parceiro estrangeiro”. O convênio tem duração de dois anos, mas pode ser prorrogável.
O superintendente da Onip, Bruno Musso, informou que, para 2015, estão previstas sete missões internacionais, sendo quatro na Europa, duas na América do Norte e uma na Ásia. O propósito do projeto é formar joint ventures (associação de empresas). O foco está em dois segmentos: equipamentos que ficam embaixo d’água, no leito do mar; e peças para navios, barcos de apoio e plataformas de petróleo.
O convênio tem investimentos de R$ 1,6 milhão e prioriza o atendimento à produção do pré-sal. De acordo com a Petrobras, o pré-sal responde hoje por 25% da produção total de petróleo e gás. “E deve subir mais [a participação]”, indicou Petry.
Informações Agência Brasil