Prolancer: não é freelancer, nem CLT. É o profissional do futuro

André Abreu BossaBox

Por André Abreu, fundador e CEO da BossaBox*

A pandemia mudou as relações de trabalho no mundo inteiro e muitos profissionais, adeptos ao CLT, começaram a trabalhar em home office, tendo mais autonomia e flexibilidade. Esse modelo chegou para ficar. Nos setores, como o de tecnologia, o remoto e o freelancer não são mais novidades. Mas e os Prolancers? Esse sim é um modelo novo, que une o melhor do freelancing ao do emprego tradicional, oferecendo autonomia e flexibilidade do primeiro, sem perder a estabilidade financeira da carteira assinada, por conta dos projetos de longa duração.

Enquanto a pessoa freelancer deve se autopromover, correr atrás de clientes, fazer relacionamento e entregar o projeto, a Prolancer delega grande parte dessas responsabilidades para uma empresa parceira que cuida da negociação e relacionamento com clientes enquanto faz apenas aquilo pelo o que é apaixonado. Além disso, ela pode ter o apoio dessas organizações ao ter acesso às melhores ferramentas e metodologias.

Muitos desses profissionais começam conciliando os dois modelos – CLT e prolancer – e depois passam a realizar múltiplos projetos, até deixarem definitivamente o trabalho tradicional. A previsibilidade de renda que o prolancing permite é um fator determinante para decidir por esse caminho. A pessoa prolancer é mais que um profissional remoto e mais que um freelancer. São profissionais movidos pela inovação e que se desafiam diariamente e são donos da sua carreira, trabalhando de qualquer lugar do mundo.

Mas afinal, qual o benefício de ser Prolancer? Além do trabalho remoto e da Passion Economy – que permite que profissionais tenham a liberdade de trabalhar onde e quando quiserem, em projetos alinhados ao seu propósito e motivadores – é a oportunidade de trabalhar em projetos inovadores, fazer networking com profissionais que irão potencializar o desenvolvimento de cada um e, também, ter uma remuneração mais justa.

Mas, existem algumas habilidades e etapas que são essenciais para ter sucesso como prolancer, entre elas:

1. Conheça sua realidade

A capacidade de organização e planejamento pessoal é chave para profissionais autônomos(as). Para garantir uma rotina saudável de trabalho, é necessário mapear o tempo que precisa para cumprir com as entregas de um projeto e avaliar quais vagas são compatíveis com a sua disponibilidade.

2. Organização e disciplina

Planeje a rotina em detalhes, com a ajuda de ferramentas como Google Calendar ou até mesmo uma agenda de papel. Separe os horários que dedicará a cada trabalho, levando em conta as cerimônias Scrum de cada squad e o seu tempo de produção individual.

Dica de ouro: separe slots de foco, em que você terá foco total em uma atividade e deve evitar interrupções.

3. Defina um objetivo

O que você busca em um projeto? Talvez você queira ganhar mais, aprender uma nova skill, aplicar conhecimentos de estudos recentes, construir um produto que vá mudar o mundo ou fazer networking com outros profissionais seniores de tecnologia de todo o Brasil.

Entenda quais são as suas prioridades e busque vagas que estejam alinhadas com elas.

4. Construa um bom portfólio

Mostre trabalhos e habilidades para potenciais contratantes por meio de um portfólio. É possível criar um site pessoal, um documento no drive, um artigo no LinkedIn ou um perfil em ferramentas como Behance ou Journo Portfolio. O importante é mostrar resultados do seu trabalho e contar um pouco sobre o processo de construção dele. Assim você mostra o seu toque pessoal e o valor do seu trabalho!

5. Escolha uma plataforma

O último passo é encontrar vagas que estejam alinhadas com os seus objetivos, disponibilidade e expertise! Você pode prospectar possíveis clientes individualmente, receber indicações diretas de colegas da sua rede ou fazer parte de uma plataforma digital.

O futuro do trabalho está em um único modelo, aquele que une o melhor dos mundos – trabalhar com o que se gosta, de qualquer lugar, com tempo para se divertir e descansar e com remuneração à altura. Ou seja, investir na carreira como prolancer.

*Em 2017, ainda na faculdade, André Abreu cofundou a BossaBox, marketplace que propõe a aceleração da transformação digital de grandes empresas por meio da conexão com times remotos de tecnologia. Como CEO da empresa, realizou em 2020 uma rodada de investimentos de R$8 milhões liderada pela Astella Investimentos. Hoje, a BossaBox tem uma base de 13 mil profissionais de tecnologia e conta com clientes como Unimed, Gerdau e Neoenergia.

 

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