Wilton Adriany – Fundador da Clínica IRM
“Sou médico perito de tráfego, pós-graduado em medicina do tráfego e medicina do trabalho. Essa área tem como objetivo reduzir o impacto dos acidentes por meio de exames médicos, campanhas de conscientização e estudos sobre o comportamento humano dos condutores. A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram cerca de 1,19 milhão de mortes por ano no trânsito terrestre.
A medicina do tráfego exerce uma influência significativa sobre os candidatos a condutores, pois avalia também sua aptidão física e mental para dirigir de forma segura. Exames médicos como testes de visão, audição e coordenação motora são realizados para identificar condições que possam comprometer a capacidade de conduzir um veículo.
Além dos documentos relacionados à carteira nacional de habilitação (CNH), o médico perito de tráfego pode emitir outros documentos em contextos diversos. Laudos para isenção de impostos (no caso de condutores com deficiência física), de aptidão para motoristas profissionais (como taxistas e caminhoneiros) e de acidentes de trânsito são alguns exemplos. Esses documentos são importantes tanto para questões de adequação à legislação quanto para processos legais e administrativos relacionados ao trânsito.
Outra atuação da medicina do tráfego está na aviação civil, meio de transporte que exige uma série de procedimentos de segurança. Os médicos, nesse caso, são responsáveis por avaliar as condições físicas e mentais dos pilotos e de toda a tripulação. O médico pode ser ainda chamado para atuar em decisões periciais, ou seja, contribuir com o seu conhecimento para a avaliação de algum caso específico.
O médico aeroespacial deve ser imparcial em suas avaliações, evitando fatores externos que possam comprometer a objetividade. A recusa de habilitar um profissional inadequado, mesmo sob pressão, é um exemplo de como a prudência pode prevenir desastres e preservar a vida”.