Cada vez mais, experiências relevantes vão precisar antever as necessidades dos usuários – e empreendedores precisam estar atentos a isso.
Não há dúvida de que a tecnologia e a internet trouxeram grandes revoluções para a vida das pessoas. Atualmente, computadores portáteis, smartphones e acesso à conexão móvel nos fazem viver uma verdadeira Era da Informação Ubíqua, em que tudo está disponível o tempo todo a apenas um Google de distância.
Muitos não sabem, mas as consequências da informação ubíqua não são apenas positivas: o excesso de possibilidades também nos traz exaustão diante das inúmeras decisões que incorporam ao nosso cotidiano. Para adultos, por exemplo, estudos indicam que essas informações somam dezenas de milhares. E isso faz com que fiquemos obcecados pelas telas que nos cercam, sempre piscando ou zumbindo em busca da nossa atenção. Isso compromete nossa capacidade de julgamento e, claro, nos deixa cada vez mais estressados.
Felizmente, o design antecipatório surge para minimizar essa realidade. Se você nunca ouviu esse termo antes, trata-se do conceito de que uma boa experiência digital para o usuário terá, cada vez mais, que antecipar suas necessidades, poupando-o da sobrecarga de decisões.
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Essa é uma revolução que já deu seus primeiros passos e está sendo utilizada inclusive por grandes companhias, como a Amazon. A varejista online criou o que chama de dash button, um botão que com apenas um toque do usuário realiza o pedido de algum produto específico na loja online, em uma quantidade pré-determinada, economizando etapas e tempo no processo de compra. Ou seja, a sua compra a, literalmente, um toque de distância.
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Assim, para idealizar experiências digitais relevantes, empreendedores e profissionais digitais precisam ter em mente as implicações que essa revolução traz a usuários e às dinâmicas de produção. Abaixo, listo apenas algumas das que já são bastante evidentes diante das tecnologias disponíveis e dos serviços/produtos que já estão chegando ao mercado.
1. Novas definições de privacidade
Para antecipar as necessidades do usuário, um serviço ou produto precisa conhecê-lo e isso se dá pelo acesso a seus dados. Será que quando você vai encontrar o seu cliente você percebe esses detalhes ou só foca na venda?
A personalização dos produtos e serviço é algo que já vem sendo feito e pode ser o seu diferencial. Afinal, cada vez mais, se o usuário observar que há uma troca real de valor – bons serviços x acesso a dados – ele verá essa dinâmica como natural e vantajosa.
2. Fusão entre data e design
Sabe aquele produto que você acha lindo, mas na hora de usar percebe o quanto a experiência não é o que você imaginava? Pois é, esse é o caso de muitas empresas que, focando apenas no design ou nos dados, acabam esquecendo de fazer um mix das duas áreas. Cada vez mais há uma arte e ciência no modo como dados são compreendidos e aplicados, e essa dinâmica vem evoluindo imensamente nos últimos anos.
3. Equipes multidisciplinares
A criação de experiências com foco no design antecipatório necessita de designers, arquitetos de informação, desenvolvedores, matemáticos, estatísticos e cientistas de dados trabalhando juntos. Cada vez mais, isso não será um diferencial, mas o padrão.
4. Voz em vez do toque
Quem já não ouviu sobre a Siri, do Iphone? A voz está ganhando cada vez mais espaço como principal ferramenta de interação com computadores/serviço, por ser mais natural que interfaces gráficas e mais fácil de ser utilizada em diferentes contextos.
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