Risco de abalo no mercado de crédito brasileiro é pequeno, avalia Fecomércio

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) avalia que o risco de um abalo, no mercado de crédito brasileiro, nos moldes ao ocorrido com o subprime norte-americano, é praticamente inexistente por dois motivos a diferença de magnitude do segmento imobiliário dos Estados Unidos e do Brasil e também o intervalo de tempo na liberação dos recursos. A avaliação leva em conta as recentes medidas anunciadas pelo governo voltadas à concessão de crédito para este segmento.

Segundo projeções da entidade, a expectativa é que em 2008 sejam destinados R$ 25 bilhões de crédito para o setor imobiliário, dos quais R$ 20 bilhões oriundos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos) e R$ 5 bilhões de recursos livres de bancos. Ou seja, cerca de 2 a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Já o mercado imobiliário norte-americano para pessoas físicas movimenta cerca de US$ 10,7 trilhões, o equivalente a 80% do PIB daquele país.

O setor financeiro nacional começou esticar prazos e reduzir juros para financiamentos imobiliários a partir de 2006, enquanto que nos Estados Unidos isto ocorreu ao longo de toda década de 1980.

Atualmente, no Brasil, os prazos de financiamentos chegam até 360 meses, ou seja, 30 anos, com taxas fixas de juros de cerca de 9% ao ano. É um negócio inédito na economia, mas ainda há uma grande parcela da população que não foi atingida e isso cria um espaço razoável para que o mercado imobiliário, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo se mantenha aquecido pelo menos no médio prazo.

Facebook
Twitter
LinkedIn