É o que destaca presidente do Sebrae, Luiz Barretto, na abertura de encontro do Programa ALI
Alinhar a agenda positiva que vive o Brasil à inovação nas micro e pequenas empresas (MPE). Esse é o objetivo do esforço que o Sebrae tem feito por meio dos Agentes Locais de Inovação (ALI). Estes profissionais têm levado outros programas desenvolvidos pela instituição, como o Sebraetec e o Sebrae Mais, ao universo dos pequenos empreendimentos. O trabalho terá reforço de R$ 780 milhões nos próximos três anos, segundo destacou o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, na abertura do 2º Encontro Nacional do Agentes Locais de Inovação (ALI), que acontece desta quarta-feira (13) até sexta-feira (15) em Porto de Galinhas (PE).
Com os recursos investidos, o número de agentes de inovação – que reúne cerca de 450 pessoas em 22 estados – vai crescer para mais de mil profissionais até o final de 2012. Os ALI são jovens recém-formados, de nível superior, capacitados para atuarem como agentes de inovação junto aos empresários.
“O tema da inovação é uma agenda fundamental, não só para as micro e pequenas se tornarem mais competitivas no atual mercado globalizado, mas para todo o Brasil. O tema é mais amplo que a abordagem tecnológica. Envolve também gestão e pequenos aspectos que se transformam em ganhos de produtividade”, disse Barretto. Na sua avaliação, os ALI são importantes para distribuir os produtos do Sebrae entre as pequenas empresas em estágio de gestão mais avançado.
O presidente do Sebrae alertou para o fato de que todas as atenções estão voltadas aos mais de 100 milhões de consumidores que formam o mercado interno brasileiro. “Os ALI têm papel fundamental para fazer a ponte entre Sebrae e micro e pequenas empresas e de apoiar o segmento a ter seu espaço nesse mercado competitivo”, disse. Luiz Barretto chamou a atenção para a oportunidade profissional que o ALI representa aos jovens que saem das universidades.
Inovação e simplicidade
Para o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, as novas e simples tecnologias não só aproximam as pessoas, a exemplo da rede social Facebook, como facilitam o processo produtivo das empresas, mudança que ele defende como a mais importante do século 21. “Hoje temos tecnologias simples que mudam a forma de trabalhar, de viver e até se de se relacionar. Para os próximos dez anos, a previsão é de que o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) dobre. Dispomos de ferramentas para aproveitar esse crescimento”, disse.
O diretor defendeu que é preciso traduzir os temas da inovação. “Existe resistência. Inovar, por muito tempo, ficou relacionado a grandes investimentos. Mas inovação está ligada ao cotidiano. Temos o desafio e a missão de sermos simples e de levarmos competitividade e sustentabilidade às pequenas empresas”, assinalou Carlos Alberto.
Bolsistas
O diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnoçógico (CNPq), Guilherme Azevedo Melo, reafirmou a parceria com o Sebrae para qualificar os agentes locais. Os ALI são bolsistas do CNPq e contam com apoio de tutores para acompanhar o atendimento às empresas de pequeno porte. “Faz parte do CNPq apoiar iniciativas na área de inovação e tecnologia. Vamos sempre fazer parcerias para que consigamos, dentro de um prazo razoável e sustentável, atender aos anseios da população”, assinalou. Ele lamentou que as empresas inovem pouco.
O superintendente do Sebrae em Pernambuco, Roberto Castelo Branco, destacou que os Agentes Locais de Inovação têm de trabalhar o tema inovação em sentido mais amplo. “É preciso mostrar que inovação anda junto com a gestão do negócio e que inovar está presente nas coisas mais simples”, afirmou.