A empresa aposta na expansão por licenciamento, onde o modelo tipo franquia incentiva outras mulheres a investir em tecnologia, e está formando empreendedoras para desenvolver negócios no setor tecnológico.
Atualmente a LD é o maior app de motoristas mulheres do mundo, já tem mais de 70 mil motoristas cadastradas e mais de 1,5 milhão passageiras usando o serviço. Atua em mais de 85 cidades nos estados São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, Tocantins, Pernambuco, Ceará, Pará, Sergipe e Amazonas.
A LadyDriver também conta com uma sócia, investidora e conselheira de peso. Nina Silva, co-fundadora do movimento Black Money, premiada pelo Women in Tech Global Awards como “Mulher mais Disruptiva do Mundo” em cerimônia realizada no início de novembro, em Portugal. A premiação destaca a trajetória de mulheres que impactam a tecnologia e têm o objetivo de diminuir a desigualdade de gênero que existe na indústria. “Empreendedorismo feminino cresce a cada dia e fala sobre narrativas coletivas. Mulheres cada vez empreendem mais e por isso precisam de acesso a crédito para sair da subsistência e se articular para oportunidades. Isso só é possível com apoio e pontes entre mulheres, de maneira intencional e entendendo que há grande diversidade entre nós mulheres, que negras e indígenas sofrem ainda mais com desemprego, feminicídio e falta de investimento. Precisamos de fortalecimento intracomunitário, fazer negócio e contratar outras mulheres em nossas empresas”, diz Nina Silva.
Em fase de expansão, o aplicativo já recebeu cerca de R﹩ 10 mi em investimentos e realizou parcerias com a Rappi, entre outras empresas. A meta é operar em 100 cidades até o final de 2021 e ter mais de 300 mil motoristas mulheres na base de dados no país.
Diante de um mundo dominado pelo sexo masculino, em que ainda existe o tabu de que mulheres não deveriam dirigir, ou não dirigem tão bem quanto os homens, iniciar um projeto voltado 100% ao público feminino não foi tarefa fácil. “Essa mentalidade parece ser algo antigo, porém até 2018, ainda existiam países que proibiam as mulheres de dirigir na Arábia Saudita. Nós acreditamos nas mulheres e no potencial feminino. Transformar vidas é a nossa paixão. Não aceitamos mais ser colocadas em 2° plano, e tão pouco aos velhos modelos impostos. Estamos quebrando barreiras”, diz Gabryella.
Segundo Gabryella o propósito é empoderar e proporcionar a liberdade da mulher através da independência financeira, com um transporte exclusivo e seguro. “Utilizamos tecnologia para conectar mulheres, pois acreditamos que as mulheres quando se juntam ficam mais fortes! Defendemos o direito de toda mulher ir e vir, quando e como quiser, com segurança e respeito”. “Queremos ser uma força no desenvolvimento da igualdade de gênero no transporte para criar um ambiente de respeito, de carinho e de amor para cada mulher que viaje ou trabalhe com a Lady Driver“. Segundo ela, o objetivo é dar oportunidade para mulheres com perfil empreendedor a realizarem um serviço que vai beneficiar muitas passageiras que finalmente poderão ter um transporte no qual podem confiar.