Qual o lado do cérebro que você está utilizando no dia-a-dia no seu trabalho dentro de uma empresa? No caso de você ser dono de uma empresa também vale a mesma pergunta: qual o lado do cérebro que você está utilizando para administrar o dia-a-dia do seu negócio?
Se for o esquerdo saiba que está utilizando o lado errado, ultrapassado já. O que a empresa vai exigir cada vez mais de você é que use o lado direito do cérebro. Já se você for um empresário terá também de utilizar mais o lado direito. Esse é o lado da criatividade e só com a criatividade você vai trabalhar melhor e assim ganhar mais dinheiro.
É o caminho da criatividade, orientado pelo lado direito do cérebro, que leva até a inovação para chegar até o grande campo, ainda não totalmente conhecido e explorado, mas já chamado de “economia criativa” que cada vez mais vai envolver desde o mais modesto empregado de uma empresa até o produto final na prateleira de um supermercado.
Vale lembrar o inesquecível filme de Charlie Chaplin apertando uma série de parafusos numa linha de montagem ou a imagem de um senhor velho batendo sem parar o mesmo carimbo em diferentes papéis. Isso é pré-histórico, da época das empresas dinossauras. Mas ao chegamos nos dias de hoje, vamos ver um jovem, com um moderno computador, utilizando diferentes ferramentas tecnológicas, a elaborar detalhadas planilhas de custos e preços. Tudo isso também está ficando ultrapassado.
Não que os custos e os preços serão abolidos, mas não é mais o que mais importa. Dentro da já atual economia criativa, o design, que sempre estará associado e aliado com a inovação, por exemplo, terá muito mais importância. O design vai estar cada vez mais presente em tudo, desde uma singela garrafa de azeite até os diferentes componentes de um avião. Experimente ficar num supermercado diante de uma fila de garrafas dessa delícia que é o azeite. O preço de cada uma delas pode definir a sua compra. Mas tenho certeza que você é capaz de pagar um pouco mais se gostar do visual de uma determinada garrafa, principalmente pelo rótulo e formato do vidro.
Mas o design não vai estar apenas dentro do supermercado. Ele vai se estender para uma cidade inteira, um país inteiro. Cito São Joaquim, na serra catarinense, onde estou sempre lá, pois planto parreiras de uvas e elaboro vinhos. A exemplo de milhares de municípios brasileiros, São Joaquim precisa urgente de um “design ”para a cidade. Precisa definir um visual para a cidade, que tem de ser baseada na sua história, cultura ou na atividade econômica mais importante. Blumenau e Pomerode em Santa Catarina e Gramado e Bento Gonçalves no Rio Grande do Sul, para citar poucos exemplos, souberam fazer, por conta própria, um design de cidade baseada na cultura e na tradição de imigrantes. Mas isso pode e deve ser feito por profissionais que tem um campo fértil em todo o Brasil, dentro dessa nova e crescente economia criativa.
Muita coisa nova vem pela frente. Já se fala numa estratégia de baseada no consumidor, de forma individual, para atingir cada um, nos seus hábitos de consumo que privilegie a criatividade e a inovação.
Em 21 de julho de 2005, a revista Business Week – uma das mais importantes no mundo dos negócios – abordou pela primeira vez de forma ampla esse novo conceito da “economia criativa”, com rápida referência ao lado direito do cérebro, o lado da criatividade de cada pessoa. A própria revista criou o Inovation e Design Chanel, um canal dentro da própria empresa para acompanhar e divulgar o desenvolvimento de atividades e negócios criativos e inovadores.
Justiça pela participação na paternidade do conceito de economia criativa também deve ser feita para a Quensland University of Techonology, em Brisbane, na Austrália. Essa universidade lançou o primeiro curso de bacharelado em Creative Industries” ou seja,”Indústrias Criativas”, tendo formado a primeira turma em 2004.
Esse é o novo mundo, mais criativo e inovador, indo mais pelo lado direito, direito do cérebro. Por isso, precisamos ser a cada dia também mais criativos e inovadores. Lembre-se: tudo começa dentro de nós mesmo, usando o lado direito do cérebro.