Depois de 8 anos atuando como franqueado em diferentes negócios, com experiência na área de educação, o empresário Fernando Vigato decidiu montar seu próprio empreendimento: ingressou no segmento de lavanderias, mas com objetivo de mirar um público diferente daquele que já vinha sendo explorado: a classe média e classe média alta. “Fiz algumas pesquisas de mercado e detectei que haviam muitas opções elitizadas, especializadas em roupas especiais, mas nenhuma delas tinha um método organizado para proporcionar preços acessíveis aliado à qualidade”, conta ele.
Assim nasceu a Elav , lavanderia focada no público pertencente às classes A e B, cuja formatação permite oferecer comodidade aliada ao excelente custo-benefício. “Nosso objetivo sempre foi atender as necessidades das pessoas que trabalham fora o dia inteiro, mas não conseguem arcar com os custos de um trabalhador doméstico e precisam terceirizar os cuidados com sua roupa”, diz ele.
Com pacotes a partir de 109 reais mensais, a empresa encontrou um público ávido por este tipo de serviço e começou a crescer. Depois de cinco anos fazendo sucesso em Varginha (MG), Vigato percebeu que era hora de expandir: criou um modelo de franquias, com investimento baixo, lançado em novembro do ano passado. De lá para cá, foram negociadas 16 unidades, que hoje estão situadas em sete Estados do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul).
“Embora a pandemia tenha atrapalhado um pouco nossos planos no início do isolamento, observamos que muitas pessoas buscavam um negócio durante a crise. Desta forma, aElav se tornou uma opção interessante, já que trabalhamos dentro de um modelo estável, no qual os franqueados encontram um ponto de equilíbrio muito cedo – algumas vezes, já no primeiro mês”, revela o fundador. Ele afirma que o ROI é varia entre 12 e 18 meses, mas ressalta que muitos franqueados conseguiram obter resultados excepcionais logo nos primeiros meses.
Segundo Vigato, isso ocorre por conta da formatação das máquinas e processos operacionais envolvidos no negócio. A empresa trabalha dentro de um sistema voltado para a economia de energia e reuso de água, o que permite que o franqueado reduza em até 50% os gastos com estes insumos.
Outro diferencial é a organização da franquia, que possui diversos protocolos de lavagem. São documentações a serem seguidas de acordo com características das roupas e seus detalhes para que haja eficiência no serviço ou processo. “Isso faz com que não se desperdice produtos, além de otimizar o tempo dedicado na limpeza das peças”, afirma ele.
Braner Carvalho de Paula ficou desempregado no final de 2019 e decidiu investir em uma franquia da Elav. Após três meses de treinamento e desenvolvimento da unidade, ele inaugurou a loja em fevereiro deste ano; a pandemia começou e ele se viu obrigado a trabalhar de portas fechadas. “Mesmo assim, tivemos resultado acima do esperado: já no segundo mês, entramos no ponto de equilíbrio. Hoje, nosso lucro segue em constante evolução”, diz ele.
Conforme Vigato explica, outro diferencial da franquia é a plataforma online Elav Academy, que reúne cursos, treinamentos sobre vendas, marketing, gestão e outros materiais de apoio – tudo para contribuir com a gestão eficiente da unidade. “Como venho do segmento da educação, tive uma preocupação em organizar o conhecimento e dividi-lo com todos aqueles que desejam crescer junto comigo”, esclarece ele.
A franquia também prevê apoiar os franqueados em suas estratégias de marketing, discutindo possibilidades, criando ações específicas e maximizando o potencial de crescimento. “Um de nossos franqueados estava situado próximo a um quartel e tinha dificuldades de se aproximar do público militar. Montamos uma ação de marketing na qual estabelecemos parceria com as barbearias no entorno, e foi um sucesso”, exemplifica Vigato.
Para o empresário, empreender é um desafio diário. “É preciso estar pronto todos os dias. Para mim, tem sido muito recompensador ajudar os franqueados a realizarem seus sonhos”.
Otimista com o crescimento vertiginoso da operação, o fundador calcula que até o final do ano sejam inauguradas 35 unidades no Brasil inteiro, sobretudo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Para o ano que vem, ele espera contar com 100 unidades e, em dois anos, este número será de 200. “Até lá, o faturamento deve bater R﹩ 2 milhões”, conclui.