Enquanto Norte e Centro-Oeste entram no período mais chuvoso do ano, Sul e Sudeste já enfrentam problemas pelo mau tempo. Para quem quer empreender sem medo da chuva, há opções em vários segmentos
Prepare o guarda-chuva! Distrito Federal e Goiás acabam de ingressar no período mais chuvoso do ano – de novembro a março. No Norte do país, Manaus, Belém e Porto Velho se preparam para o chamado inverno amazônico, que vai de dezembro até meados de maio e concentra 60% a 70% das precipitações ocorridas durante todo ano.
No Sudeste, os dias já vêm sendo marcados pelo mau tempo há algumas semanas. A cidade de São Paulo, por exemplo, registrou recorde de chuva para um mês de outubro desde o início das medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há 80 anos. Foram 356 milímetros registrados na zona norte, até as 10h de 31 de outubro. No Rio de Janeiro, um levantamento feito pelo Sistema Alerta Rio identificou que, no mês de outubro, choveu 197,4 milímetros na cidade do Rio de Janeiro, recorde histórico para o mês.
Já no Sul, que vem enfrentando consequências nefastas da chuva há alguns meses, o feriadão de 2 de novembro foi marcado pelo mau tempo, com (mais!) um ciclone extratropical atuando na região. O Inmet chegou a emitir alertas laranjas, que indicam “perigo”, para as tempestades que poderiam atingir Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina – o fenômeno deve também provocar uma frente fria, que irá causar chuvas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Haja capa de chuva!
Embora a maioria dos segmentos econômicos experimente efeitos negativos com o mau tempo, acredite, há quem comemore. Além dos segmentos mais óbvios, como shopping centers e fabricantes de guarda-chuvas e limpadores de para-brisas, há uma série de negócios que lucram ainda mais em dias chuvosos do que em dias normais. Como diz a frase atribuída ao publicitário Nizan Guanaes, enquanto uns choram, outros vendem lenços.
Lavanderia tem alta superior a 40% na busca por serviços
Um setor que costuma lucrar com as intempéries é o de lavanderias. Segundo Diego João Ventura, um dos fundadores da Aquamagic, rede de lavanderias de autoatendimento que projeta fechar o ano com 100 unidades em operação, em época de chuva a demanda pelos serviços de 40% a 50%. Na Aquamagic, com chuva ou tempo bom, as máquinas profissionais conseguem lavar e secar vários quilos de roupa em uma hora, enquanto aparelhos domésticos levam de quatro a cinco horas para realizarem o ciclo completo.
Com o aumento na demanda de serviços, explica Ventura, os franqueados lucram mais, mas também precisam estar mais atentos às questões operacionais. “É importante que o franqueado atente para os níveis de insumos e mantenha sempre um galão reserva de cada produto”, orienta o fundador da Aquamagic. “Além disso, com o alto movimento de clientes, a loja demanda limpeza mais frequente.”
Honest market registra aumento de 9% nas vendas
Outro segmento que costuma se dar bem em dias chuvosos é o dos honest markets, minimercados autônomos que operam 24 horas por dia em condomínios comerciais e residenciais. Afinal, ninguém gosta de sair na chuva para ir ao supermercado ou à padaria, tendo de encarar o trânsito caótico das grandes capitais e ainda correndo o risco de voltar para a casa molhado. Segundo o co-fundador e diretor comercial da rede Market4U, Sandro Wuicik, as unidades registram aumento médio de 9% nas vendas em dias chuvosos.
Atualmente, o Market4U mantém mais de 2,1 mil unidades em 20 estados e no Distrito Federal. Com tecnologia em seu DNA, a startup nasceu em 2020 com o propósito de levar mais comodidade, tempo e segurança para as pessoas por meio do conceito de honest market em condomínios residenciais e comerciais. O investimento mínimo na marca é de R$ 75 mil, incluindo taxa de franquia e implementação da primeira loja.
A seguir, elencamos nove franquias de negócios “à prova d’água”:
1 – Lavanderia: Aquamagic
Longos períodos de chuva são inimigos de quem precisa lavar roupas. Como fazer para secar uma roupa sem sol ou sem uma máquina profissional? A saída é utilizar os serviços de lavanderias de autoatendimento, que, faça chuva ou faça sol, lavam e secam as roupas com qualidade em apenas uma hora. Com um investimento a partir de R$ 169 mil, a franquia Aquamagic oferece ao empreendedor a possibilidade de manter uma operação sem funcionários, sem sazonalidade e com margem de lucro de até 50%.
2 – Farmácia: Farmais
Dias de chuva costumam trazer efeitos negativos para a saúde. Banhos de chuva inesperados muito comumente resultam em resfriados. Já a umidade do ar pode gerar mofo, que detona crises de asma, rinite e sinusite. E, assim, as farmácias tornam-se aliadas de quem precisa se recompor para trabalhar ou estudar no dia seguinte. No caso da Farmais, rede em operação desde 1994, a taxa de franquias para a abertura de uma nova unidade é de R$ 50 mil, com um investimento total a partir de R$ 800 mil. No caso de conversão de bandeiras – quando a farmácia já existe, e o objetivo é passar a integrar a rede e utilizar a marca Farmais –, o valor da taxa é de R$ 30 mil, com investimento total de R$ 200 mil.
3 – Honest market: Market4U
Convenhamos, ninguém gosta de sair na chuva para ir ao supermercado ou à padaria, tendo de encarar o trânsito caótico das grandes capitais e ainda correndo o risco de voltar para a casa molhado. Por isso, os chamados honest market são negócios que, em dias de chuva, fazem ainda mais sucesso em condomínios residenciais ou empresariais. No Market4U, o investimento mínimo é de R$ 75 mil, incluindo taxa de franquia e loja.
4 – Meias: Puket
Que atire o primeiro tênis encharcado quem nunca passou uma manhã ou tarde inteira com os pés molhados depois de uma chuvarada. Não à toa, muitas pessoas – as mais precavidas, claro – adotam o hábito de levar um par de meias extras – arrá! – em mochilas ou bolsas. Criada em 1988, a Puket comercializa roupas adultas e infantis lindamente desenhadas com pandas, unicórnios, tubarões, lhamas e outras criaturas mágicas. E as meias têm um lugar especial em suas coleções. O investimento inicial para a abertura de uma loja é de R$ 350 mil.
5 – Chocolate quente: Fábrica di Chocolate
Mesmo as chamadas chuvas de verão remetem sempre à ideia de aconchego e aquecimento. E um dos itens mais célebres nessa ideia é o clássico chocolate quente. Com um investimento de R$ 79,9 mil, a franquia Fábrica Di Chocolate oferece a seus clientes opções especiais para saborear as estações mais frias e chuvosas do ano. Entre os produtos, destacam-se o chocolate quente tradicional, o chocolate quente com Nutella e o chocolate quente com chantilly e canela.
6 – Cafeteria: Café Cultura
Outro clássico para quem quer se aquecer em um dia de chuva é o café. Criada por uma mineira, de família de imigrantes italianos, e um americano, também neto de imigrantes italianos, a franquia Café Cultura é uma rede de cafeterias com investimento a partir de R$ 350 mil. O faturamento médio projetado é de R$ 125 mil.
7 – Bolos: Casa de Bolos
Que tal um bolinho para acompanhar (ou não) o café ou o chocolate quente das sugestões acima? A franquia Casa de Bolos abriu sua primeira unidade em um pequeno espaço no centro de Ribeirão Preto (SP), em 2010, e o sucesso foi imediato. Em pouco tempo, outras unidades foram abertas na região. Em 2011, a família decidiu continuar a expansão por meio do sistema de franquia e, desde então, a empresa só cresce – atualmente, são mais de 400 unidades. O investimento inicial é de R$ 99 mil.
8 – Caldos: Bean Go!
Os caldos são outro tipo de alimento que cai bem em dias chuvosos. A Caldo Bom, indústria alimentícia de Curitiba com mais de 50 anos de história, acaba de lançar a franquia Bean Go!, que atua com o conceito de foods to go – compre e leve – e se intitula como uma franquia de fast food de feijoada. A operação oferta ao consumidor 14 pratos à base de feijão, servidos em copos. O investimento inicial é de R$ 25 mil de taxa de franquia sem cobrança de royalties.
9 – Vinhos: Vinho & Ponto
Todo mundo sabe: uma noite chuvosa pede um bom vinho. A franquia Vinho & Ponto é dedicada a atender bairros de grandes cidades e ou cidades de pequeno porte, de maneira a aproximar-se do novo consumidor e superar expectativas dos velhos amantes do vinho. A ideia é apresentar o vinho como um produto acessível a todos, aproveitando todo o potencial deste mercado no país. O investimento inicial é de R$ 296 mil.