Mercado de franquias de café oferece oportunidades de negócios

Mesmo com a crise econômica, investir em cafeterias e franquias desse segmento pode ser uma boa oportunidade de negócio para empreendedores. Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram que surgiram em média duas redes de cafeterias por ano, entre 2013 e 2016, totalizando 40 franquias no país. No mesmo período, os pontos de venda ligados às redes aumentaram em 10%, de 782 para 862 cafeterias.

Um exemplo de sucesso é o Café Caramello, da microempresária Cristina Pascoli Tongo, do município de Serra (ES). A empresa é a primeira do país a produzir e comercializar creme de café. Com apoio do Sebrae, Pascoli aprimorou seu negócio e hoje conta com uma rede de 50 franquias em 12 estados. “É primordial que uma empresa não só inicie o processo dela com o Sebrae, mas que seja acompanhada constantemente. Quatro anos depois de abrir meu negócio, a gente tem consultorias do Sebrae aqui na fábrica”, conta a empresária.

A brasiliense Paola Borges e seu namorado Leonardo Brasil conheceram o Café Caramello em julho de 2015, durante o Festival Internacional de Inverno, no município de Domingos Martins (ES). Gostaram tanto do produto que viraram franqueados da marca em setembro do mesmo ano, vendendo cerca de 50 potes da marca por mês. Para melhorar os negócios, procuraram o Sebrae no Distrito Federal e, desse encontro, surgiram convites para participação em exposições e feiras de empreendedores. Hoje, comercializam uma média mensal de 350 potes. “O negócio está dando certo”, comemora Paola, ao  afirmar que as vendas estão crescendo quase 7% ao mês. “O produto é novo e exclusivo, não tem outro tipo de creme de café no mercado”, diz Paola. Atualmente, 12 lojas já comercializam o produto em Brasília.

“Estamos empenhados em valorizar nosso café, e as novas opções de consumo da bebida com maior valor agregado, como café com leite, cappuccino e cápsulas, geram oportunidades de negócios nesse segmento. As cafeterias vêm se multiplicando no país, impulsionadas também pelo maior interesse do consumidor por cafés especiais, mais conhecidos como café gourmet”, destaca a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes. 

O Brasil é o maior produtor e exportador de café e o segundo consumidor mundial da bebida, atrás dos Estados Unidos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Somente em 2016, foram industrializados 21,2 milhões de sacas no país, registrando um consumo anual per capita de 84 litros de café. As vendas no varejo brasileiro (foodservice) devem saltar de 28,1 bilhões de litros em 2014 para 32,5 bilhões de litros em 2019.

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