Pesquisa revela perfil da liderança feminina no franchising

A participação das mulheres na gestão das franqueadoras é foco da mais recente pesquisa realizada pela ABF – Associação Brasileira de Franchising. De acordo com o levantamento, 46% das franqueadoras não possuem mulheres em cargo executivo, enquanto em 12% dessas empresas a liderança é exclusivamente feminina. Dentre as franqueadoras pesquisadas, 33% das colaboradoras estão em função executiva, 52% em cargo gerencial, 54% de supervisão, 36% no Conselho e a maioria, 60%, em outras funções. Esses percentuais excluem colaboradores das unidades próprias e franqueadas.

A pesquisa revela que quanto mais nova é a empresa, maior é a participação feminina em cargos executivos. Nas franqueadoras com até cinco anos de mercado, 40% das funções executivas estão com as mulheres. Entre as redes de seis a dez anos o índice é de 34%. Já nas empresas a partir de dez anos, as executivas são 31% do corpo diretivo.

Para a presidente da ABF, Cristina Franco, o equilíbrio na composição de gênero para os cargos de liderança nas redes de franquias é um ideal a ser alcançado. “A pesquisa indica que o franchising tende a ser mais feminino, superando a tendência mundial de maior participação das mulheres no mercado de trabalho, se comparado aos índices registrados nas grandes empresas brasileiras.  Mulheres e homens trabalhando juntos somam expertises, diferentes pontos de vista que se complementam e promovem um saudável e ideal equilíbrio na gestão das empresas, mas ainda temos muito o que avançar nesse sentido”, afirma.

De acordo com o estudo, para 71% das franqueadoras pesquisadas a busca da diversidade de gênero na liderança não é relevante, contra 29% que consideram importante essa questão. O levantamento indica também que, em média, 49% das unidades próprias ou franqueadas são dirigidas por mulheres.

Para Sandra Brandão, coordenadora do Comitê Mulheres do Franchising da ABF, os resultados da pesquisa convergem com os de outros estudos nacionais e internacionais a respeito da participação da mulher no mercado de trabalho e à frente dos negócios. “Os benefícios que vêm sendo notados vão desde aqueles ligados à própria diversidade, que passa a contemplar visões distintas e complementares, até as características específicas femininas, no sentido de que a mulher não segue antigos modelos. Ela é criativa. Hoje temos inúmeros exemplos e estudos no sentido de que as empresas que se dedicaram a buscar a diversidade no topo aumentaram seus resultados financeiros. O grande desafio ainda é ampliar a presença das mulheres nos cargos de liderança das empresas franqueadoras. Promover mudanças culturais pelo exemplo é o melhor caminho”, ressalta.

Facebook
Twitter
LinkedIn