Redes de franquias se utilizam de medidas do governo para enfrentar a crise

O governo vem anunciando uma série de medidas econômicas para ajudar pequenos e médios empresários a enfrentarem a crise causada pelo coronavírus. O pacote é extenso e inclui uma linha de crédito para as pequenas e médias empresas financiarem o pagamento dos salários de seus funcionários a juros mais baixos e a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho por até 60 dias e de redução da jornada e salários em até 70%, com direito a estabilidade temporária do empregado e recebimento de benefício emergencial pago pelo governo. Além disso, empresas do Simples Nacional (sistema de tributação simplificada) podem postergar o pagamento dos impostos de abril, maio e junho para outubro, novembro e dezembro.

“É a primeira vez na história que a gente vê o governo tomando medidas que realmente ajudam o empreendedor”, comenta Gustavo Albanesi (foto abaixo), CEO do Buddha Spa. “Estamos adotando e recomendando que os franqueados também adotem.”

Com todas as unidades fechadas, o Buddha Spa está utilizando de todos os recursos oferecidos pelo pacote do governo para enfrentar a crise. Prorrogou o pagamento dos impostos do Simples Nacional e do FGTS sobre a folha de pagamento. Também concedeu férias para funcionários que ainda não tinham o período aquisitivo completo e postergou o pagamento do 1/3 das férias desses colaboradores, prática permitida no pacote de ações do governo para manter emprego e renda. Albanesi também decidiu suspender por 30 dias o contrato de trabalho de parte da equipe, que agora passará a receber o auxílio do governo, e, para outros funcionários, reduziu a jornada de trabalho. O empreendedor também está tomando o crédito liberado pelo governo para subsidiar o capital de giro. “Estamos utilizando todas as medidas possíveis neste momento”, diz.

A rede de clínicas odontológicas Oral Unic também vai utilizar o crédito disponibilizado a taxas menores para pagamento de funcionários e recomendou que seus franqueados façam o mesmo. “Assim podemos deixar o dinheiro que seria usado no pagamento da folha para arcar com as outras despesas”, afirma Nadim Farid Nicolau Neto (foto abaixo), fundador da Oral Unic.

“É hora de tomar o crédito disponível a juros menores e, se for necessário, usaremos essa possibilidade”, diz Claudia Vobeto (foto destaque), fundadora da rede de franquias Majô Beauty Club. “Os pequenos franqueadores, sozinhos, não têm fôlego para suportar essa paralisação, porque nosso fluxo de caixa depende de royalties e, na maioria das redes, essa fonte de receita parou.”

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