Câncer de Mama x Saúde Mental: 4 Dicas para a ação das empresas diante do diagnóstico de colaboradoras

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, compartilha conselhos essenciais sobre como as organizações devem agir para além do Outubro Rosa

O Outubro Rosa é um movimento internacional que ocorre durante todo o mês de outubro com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. É importante ressaltar que receber esse diagnóstico não afeta apenas as condições físicas das pacientes, mas também tem impacto em sua saúde mental, uma vez que é uma doença ainda cercada de tabus. Pensando nisso, Tatiana Pimenta, fundadora e CEO da Vittude, referência no desenvolvimento e gestão estratégica de programas de saúde mental para empresas, destaca 4 dicas sobre como gestores podem apoiar colaboradoras diagnosticadas com a doença, dando suporte e apoio devido.

1- Esteja aberto para escutar
Praticar a escuta atenta é um dos gestos mais significativos que você pode oferecer. Enquanto a mulher compartilha seus sentimentos e medos, reserve um momento para ouvir em silêncio, mostrando seu interesse genuíno por suas palavras. “É importante entender que, em muitos casos, o simples ato de falar sobre seus desafios já é terapêutico. Mantenha-se disponível para ouvir sem julgamento e sem pressionar por respostas ou soluções imediatas”, afirma Tatiana.

2. Incentivar a busca por auxílio psicológico
Esteja atento às palavras da pessoa com câncer de mama e, se notar sinais de pessimismo ou falta de perspectiva, incentive-a a procurar ajuda profissional para avaliação completa da sua saúde mental. “Também é importante destacar como a terapia pode ser um recurso valioso, mesmo na ausência de diagnóstico de transtorno mental. Isso ajuda a enfrentar o momento de adversidade com mais resiliência. Até porque nunca é fácil receber um diagnóstico desse”, comenta a CEO da Vittude.

3. Incentive a participação em programas sociais na empresa
Manter a inclusão social é fundamental para fazer a colaboradora se sentir amada e integrada, independentemente de sua presença física. É importante que a empresa e os colegas de trabalho as incentivem a participar de ambientes que proporcionem apoio social, pois esse é um fator relevante para o bem-estar emocional, especialmente durante o tratamento do câncer de mama. “Mesmo que, a princípio, ela não queira comparecer, continue convidando-a para eventos e passeios. É importante que ela frequente lugares onde se fale abertamente sobre o assunto, além de poder escutar e compartilhar as experiências vividas durante esse processo”, destaca Tatiana.

4. Respeite a nova rotina da colaboradora
Reconheça que o tratamento, como a quimioterapia, pode causar fadiga extrema, tornando tarefas simples na rotina de trabalho desafiadoras. Ofereça ajuda prática ou sugira alternativas para simplificar a rotina da pessoa com câncer de mama. É importante destacar que aliviar a carga de tarefas diárias pode reduzir o estresse e a exaustão, contribuindo para o bem-estar mental e permitindo que ela concentre sua energia no tratamento. “Promover a conscientização sobre a doença e a saúde mental no ambiente de trabalho é essencial. Juntos, podemos reduzir a sobrecarga emocional, demonstrando apoio e empatia em nosso ambiente profissional. Isso não só fortalece nossos relacionamentos, mas também enriquece nossa cultura corporativa”, conclui a empreendedora.

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