CEO destaca necessidade de preparo ao contratar profissionais com 50+

da esq. para a dir., Regina Campos, gerente nacional de Gente & Gestão no Grupo Pereira - Fort Atacadista; Mórris Litvak, fundador e CEO da Maturi; e Guilherme Hahn, CEO da AsQ. Foto: Demetrius Alves Lima/divulgação

O etarismo (preconceito, intolerância ou discriminação contra pessoas com idade avançada) nas empresas foi debatido no 1º Meetup da Maturi, em Florianópolis (SC)

Segundo dados da Maturi, até 2050 30% da população brasileira terá idade acima dos 60 anos, mas apenas 1% das pessoas nessa faixa etária são contratadas. A expectativa é de que a pirâmide etária do País mude drasticamente nos próximos anos, destacando a necessidade de incluir essas pessoas em novas oportunidades no mercado de trabalho. O assunto foi discutido no 1º Meetup da Maturi, na sede da AsQ, em Florianópolis, na última sexta-feira (1/3), voltado para profissionais de recursos humanos.

Diversos representantes de grandes corporações participaram do encontro, que trouxe exemplos reais dos benefícios a longo prazo de contratações de profissionais acima dos 50 anos. “É comum que as empresas pensem que esses funcionários serão mais caros, especialmente devido à questão da saúde. Acreditamos que investir em cuidados primários é a melhor forma de prevenir problemas de saúde e garantir o bem-estar dos colaboradores”, explica Guilherme Hahn, CEO da AsQ, empresa especializada na gestão do cuidado com o colaborador. Ele também ressalta que “o mercado precisa estar atento às mudanças sociais do País e se preparar. Cada vez mais, a população está envelhecendo e tendo menos filhos”.

O CEO da Maturi, Mórris Litvak, também enfatiza que profissionais mais maduros tendem a ser mais pontuais, comprometidos e permanecer na mesma empresa por mais tempo, comparados aos mais jovens. “O Brasil é um dos países que envelhecem mais rápido no mundo. Já somos o sexto país com mais idosos e a tendência é de que esses números aumentem ainda mais. Com a melhoria da qualidade de vida, a expectativa de vida aumenta proporcionalmente. Isso gera uma rede de candidatos altamente qualificados, com vasta experiência em seus setores, e que ainda podem contribuir muito para suas empresas, mas que acabam sendo deixados de lado devido a uma aposentadoria compulsória. Pensando na saúde mental dos idosos, é importante que eles continuem tendo a possibilidade de se manter ativos. Portanto, é urgente que as empresas estejam atentas a essas mudanças”, diz Mórris.

(Na foto em destaque, da esq. para a dir., Regina Campos, gerente nacional de Gente & Gestão no Grupo Pereira – Fort Atacadista; Mórris Litvak, fundador e CEO da Maturi; e Guilherme Hahn, CEO da AsQ. Foto: Demetrius Alves Lima/divulgação)

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