Segundo Andréa Migliori (foto em destaque), fundadora de uma startup ainda em estágio inicial e com recursos financeiros limitados, este cenário não inviabiliza contar com esses colaboradores. Confira cinco dicas da CEO da Workhub, HRTech que oferece soluções para portais corporativos
Nem só de bons salários vive a geração Z. Empresas de pequeno porte, startups ou não, sem tantos recursos financeiros, podem sim contar com o trabalho dessas pessoas, nascidas entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2010. Também chamadas de geração da internet, elas têm características distintas em relação às gerações anteriores e são alvo de muitas empresas que buscam renovar seus times e manter-se competitivas no mercado.
Contratar e manter alguém Z, entretanto, não é missão fácil: pesquisa global realizada pela Deloitte em 2022 aponta que 40% dessas pessoas gostariam de deixar seus empregos e que 30% o fariam sem outra ocupação firmada. E mais: a geração ainda lançou uma nova tendência, a chamada demissão silenciosa, movimento que consiste em fazer o mínimo de esforço no trabalho quando sentem que não há retorno equivalente (financeiro ou de bem-estar) por parte da empresa empregadora. Naturalmente, essa posição afeta os resultados do negócio.
Por isso, a questão para o mercado de trabalho atualmente é: como conquistar e reter, por um bom período, esses talentos? “Não temos respostas prontas, mas ao longo da minha experiência em lidar com jovens profissionais, percebi que algumas estratégias podem funcionar, de maneiras adaptadas para a realidade de cada companhia. No meu caso, de startup early stage, sem grandes recursos financeiros, temos conseguido bons resultados na atração e retenção dessas pessoas”, diz Andréa Migliori, fundadora e CEO da Workhub, HRtech que oferece soluções para portais corporativos (intranet e relacionamento B2B para redes e franquias).
Confira as dicas da executiva para atrair esses novos talentos:
- Engajamento e senso de comunidade – Fazer parte de uma corporação na qual as pessoas se sintam acolhidas e respeitadas é o primeiro passo para um bom relacionamento. Para a geração Z, faz toda a diferença estarem em um ambiente no qual possam interagir uns com os outros, inclusive em plataformas digitais. “Pelo menos uma vez por semana, fazemos uma reunião com todas as pessoas da empresa. É online porque temos colaboradores remotos. Nesses encontros partilhamos tudo o que está acontecendo na empresa, desde a prospecção de clientes até as novidades da TI, novidades boas e ruins. Assim, todos abraçam os avanços e os desafios e sentem que, cada pequeno avanço no cotidiano que conseguirem no cotidiano, vai fazer a diferença para a empresa como um todo.
- Propósito – Para esses jovens, esse é um ponto central. Essa pessoa quer trabalhar em empresas que produzem impacto positivo na sociedade e no mundo. Nesse quesito, é importante que as corporações sejam transparentes em relação aos seus valores e missão, e que saibam comunicar de forma clara como estão contribuindo para o bem-estar da sociedade. “Quando eu compartilho meu sonho de fazer a empresa dar certo, com transparência e verdade, especialmente nos problemas, isso vai trazendo as pessoas. Compartilhamos os desafios para chegar lá e cada um que vence uma pequena barreira, já tem o sentimento de valorizar sua contribuição para o grande objetivo virar realidade”, afirma a executiva.
- Reconhecimento – Quem é Z valoriza muito o reconhecimento pelo seu trabalho e por suas contribuições. Esses colaboradores têm a expectativa que as companhias ofereçam feedbacks regulares e, quando possível, reconhecimentos formais, em forma de programas de incentivo e recompensas. “Obviamente que ninguém menospreza a importância de um aumento de salário, que deve acontecer sempre que possível, mas o fator monetário não é o único. Em muitos casos, demonstrar que o trabalho está sendo bem apreciado é muito importante”, afirma Andréa.
- Flexibilidade – Quem é Z cresceu em um mundo onde a tecnologia permite conexões a qualquer hora e em qualquer lugar, o que significa que muitas pessoas preferem trabalhar em ambiente mais flexível, seja em home office, em horários alternativos ou em esquema de trabalho em meio período. “Boa parte do time da Workhub trabalha remoto e as empresas que oferecem essas opções largam na frente para recrutar essas pessoas”, diz a fundadora.
- Tecnologia – Por falar em crescer de maneira conectada, é improvável uma empresa conseguir reter profissionais Zs sem investir em tecnologia. “Essa foi a primeira geração a crescer em um mundo totalmente online e preferem que a empresa na qual trabalham esteja sempre atualizada na inovação. Isso indica um futuro mais firme e também facilita bastante as atividades cotidianas. Uma pessoa Z não verá razão em fazer as coisas de uma maneira quando conhece formas mais ágeis e atuais”, explica Andréa.
Parecem muitas demandas? Talvez sejam, mas o fato é que a geração Z sabe o que quer e não tem medo de ir atrás do emprego que ofertará as melhores condições. Quando encontram, a vantagem é que a empresa alcança patamares mais alinhados com a atualidade das relações corporativas, criando um ambiente de práticas e processos mais valorizados e benéficos para todos os stakeholders. E, claro, avança no mercado de trabalho com mais competitividade do que nunca.
Sobre a Workhub:
A Workhub é uma empresa de intranet e portais corporativos por assinatura, disponível em sete dias, que oferece modernidade, segurança e uma ótima experiência de usuário aos clientes. A intranet da Workhub é o único produto por assinatura dentro do ecossistema Microsoft no Brasil (além de integração com Microsoft Teams, Viva e Yammer) e conta com mais de 100 clientes e mais de 240 mil usuários em 21 países. O produto ainda possui baixo custo e mais de 50 funcionalidades.
Fundada em agosto de 2020, a Workhub possui grandes corporações em sua cartela de clientes, como Montebravo Investimentos, BRK, Universidade Cruzeiro do Sul, Eletromidia, Hospital Sírio Libanês, Cartão de Todos, Grupo Comporte e Amil.
Mais informações: https://workhub.digital/