Suporte emocional, flexibilidade e programas de reabilitação são tópicos essenciais para o bem estar das mulheres que retornam ao trabalho após desafios de saúde
Outubro é um mês especial, marcado por datas significativas, como o Outubro Rosa, que ressalta a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Além disso, a campanha abre espaço para refletir sobre os cuidados com a saúde da mulher no ambiente corporativo, não apenas incentivando a prevenção, mas também reforçando a importância da reintegração dessas mulheres ao cotidiano da empresa após tratamentos de saúde. Pesquisas indicam que colaboradores que se sentem valorizados e amparados tendem a ser mais produtivos, engajados e satisfeitos. De acordo com um relatório da Gallup, empresas que investem no bem-estar de seus funcionários registram um aumento de 21% na produtividade e uma redução de 41% nas ausências.
“Um ambiente acolhedor e compreensivo pode fazer toda a diferença na recuperação e reintegração do profissional. Ter uma estrutura adequada para o retorno das mulheres ao trabalho, especialmente após enfrentarem doenças como o câncer de mama, é essencial. Isso inclui programas de reabilitação, flexibilidade nos horários, suporte psicológico e outras iniciativas que facilitam essa transição”, afirma Cleide Cavalcante (foto em destaque), Gerente de Comunicação Corporativa da Progic, empresa líder em tecnologia para Comunicação Interna no Brasil.
Estudos corroboram esses benefícios. Uma pesquisa publicada na Harvard Business Review revelou que programas focados em saúde e qualidade de vida podem gerar um retorno sobre o investimento (ROI) de até 6:1. Em outras palavras, para cada dólar investido, a empresa pode economizar até seis dólares em custos relacionados à saúde e produtividade. Esse dado é reforçado por uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta que a promoção da saúde no ambiente de trabalho pode reduzir os custos com saúde em até 26% e diminuir as faltas ao trabalho em até 32%.
A importância de promover a saúde no ambiente de trabalho ultrapassa fronteiras. Na Suécia, por exemplo, a Volvo implementou um programa de bem-estar que inclui desde atividades físicas até suporte psicológico, o que resultou em uma redução significativa nas faltas e um aumento na satisfação dos colaboradores. Já no Japão, a Toyota adotou um programa de saúde ocupacional que oferece exames médicos regulares e suporte para a prevenção de doenças crônicas, contribuindo para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Além das campanhas preventivas, é fundamental que as empresas desenvolvam políticas voltadas para o retorno ao trabalho após tratamentos de saúde. Isso inclui oferecer apoio emocional e psicológico, bem como criar um guia de conduta para os colegas de trabalho.
“Estruturas adequadas para a reintegração de colaboradores, incluindo apoio emocional e psicológico, além de orientações para os colegas, são essenciais para criar um ambiente de trabalho que favoreça a recuperação e o desempenho”, finaliza a executiva.
