Tatiana Pimenta (foto em destaque) destaca que sem um entendimento profundo dos indicadores de adoecimento e da dinâmica organizacional, é impossível estruturar um programa eficiente de saúde mental
O Brasil é o país com o maior índice de ansiedade do mundo e o quinto mais depressivo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No ambiente de trabalho, cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem de burnout, conforme dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt). Apenas em 2023, o INSS registrou 288 mil afastamentos de trabalhadores por questões de saúde mental, um aumento de 38% em relação ao ano anterior. E segundo estudo da Vittude, referência no desenvolvimento e gestão estratégica de programas de saúde mental para empresas, em parceria com Opinion Box, 40% das pessoas percebem o trabalho como fonte significativa de estresse e desgaste mental.
“Essa crise impacta tanto o bem-estar dos indivíduos quanto o desempenho financeiro das empresas. O aumento da sinistralidade no sistema de saúde suplementar gera altos custos para as organizações que oferecem planos de saúde, o que representa entre 14% e 20% da folha de pagamento. Nosso objetivo inicial na Vittude foi democratizar o acesso à saúde mental, especialmente em áreas com escassez de profissionais, criando uma plataforma que conecta psicólogos a pacientes. Hoje, oferecemos soluções corporativas focadas na prevenção e no tratamento de transtornos mentais, pois as corporações têm um papel crucial em programas estruturados de cuidado com a saúde mental”, afirma Tatiana Pimenta, cofundadora e CEO da Vittude.
Pensando em atuar como parceira das organizações neste sentido, a CEO da companhia destaca que investir em saúde mental é estratégico e rentável. As soluções da Vittude foram desenvolvidas para ajudar empresas a alocar seus recursos de forma eficaz, maximizando o retorno sobre os investimentos. “Com a nova Lei 14.831/24, que criou o Certificado de Empresa Promotora de Saúde Mental, e a atualização da Norma Regulamentadora N.º 1, que agora exige a gestão de riscos psicossociais no trabalho, estamos preparados para atender essa demanda e ajudar organizações a estruturar programas estratégicos de saúde mental”, complementa Tatiana.
Uma dessas ferramentas é o Vittude Insights, lançado no início do ano. O produto possibilita uma análise avançada dos dados coletados em plataforma online, aplicativo mobile e também em integrações com bases externas de saúde ocupacional e operadoras. Esse recurso fornece insights para a alocação inteligente de recursos e adoção de protocolos de cuidado coordenado, visando sempre o melhor desfecho de saúde para os colaboradores. O objetivo é transformar dados de saúde em inteligência estratégica para as companhias.
Outro destaque é o Deep Dive de Saúde Mental, lançado no primeiro semestre também de 2024. Esse diagnóstico institucional inclui relatório com análises detalhadas e planos de ação, permitindo priorizar investimentos e aumentar a eficiência operacional das empresas. A partir da análise epidemiológica que envolve instrumentos psicométricos, entrevistas e grupos focais, avalia a percepção dos colaboradores sobre a saúde mental no ambiente de trabalho e analisa os fatores e riscos psicossociais no trabalho, as políticas, processos e soluções atuais, além de sua interface com diferentes stakeholders internos.
“É impossível estruturar um programa eficiente, que gere resultados positivos para colaboradores e para o negócio sem uma compreensão profunda dos indicadores de adoecimento e da dinâmica organizacional. Isso exige robustez, conhecimento técnico e versatilidade para atuar em todo o ciclo de cuidado. Esse movimento destaca a importância do tema e mostra que, para combater a escalada do adoecimento mental, é necessário um trabalho conjunto entre governo, empregadores e empresas que desenvolvem tecnologia de ponta para enfrentar essa crise de saúde mental. E nós estamos na vanguarda desse enfrentamento”, conclui a CEO da Vittude.