Aprendizados foram coletados com participantes do Pai Summit, evento promovido pela B2Mamy, que reuniu mais de 150 pessoas e discutiu abertamente a presença ativa dos pais na criação dos filhos
A B2Mamy, comunidade que cuida de quem cuida e que conecta mães e mulheres ao ecossistema, capacitando-as como líderes e promovendo sua independência econômica, realizou, na unidade WeWork Flórida, em São Paulo, o evento Pai Summit, um encontro voltado para toda a família, que reuniu mais de 150 pessoas, incluindo pais, mães e representantes de empresas, e promoveu uma integração dos participantes ao ecossistema do cuidado.
Pioneira no Brasil, a iniciativa teve como objetivo principal discutir abertamente a presença ativa dos pais na criação dos filhos e como isso pode contribuir para reduzir a disparidade de gênero nas empresas. “Temos grande satisfação em promover essa iniciativa, pois em um país com 20 milhões de mães solteiras e onde em mais de 80% dos lares apenas as mulheres têm o papel de cuidar de crianças com até 2 anos, certamente não progrediremos sem abordar esse assunto e buscar soluções efetivas para essa questão”, comenta Dani Junco, cofundadora e CEO da B2Mamy.
Abaixo, veja três insights essenciais gerados no Pai Summit:
1 — A necessidade de envolver os homens no diálogo sobre parentalidade
As mães são frequentemente questionadas sobre a criação dos filhos, sendo direcionados a elas todos os questionamentos relacionados à educação das crianças. No entanto, é fundamental que esses questionamentos também sejam direcionados aos pais, incentivando uma participação mais ativa nas conversas. “Nós, homens, precisamos dialogar mais sobre a culpa que sentimos em relação ao nosso papel de pai e como podemos nos fortalecer mutuamente para transformar esse sentimento em uma mudança coletiva”, comentou Thiago Queiroz, escritor, educador parental, palestrante e podcaster, no Pai Summit.
2 — A importância da vulnerabilidade por parte dos pais
Uma das razões pelas quais as discussões sobre parentalidade frequentemente se concentram nas mulheres é a relutância dos homens em compartilhar seus sentimentos e pensamentos sobre a criação dos filhos. Isso decorre, em parte, da ideia enraizada na sociedade de que os homens não devem demonstrar ‘vulnerabilidade’. “É inspirador ver homens se abrindo, compartilhando experiências e demonstrando vulnerabilidade em público, mesmo com pessoas que acabaram de conhecer. Esse tipo de debate contribui para a criação de um ambiente seguro e tem um impacto revolucionário”, afirmou Humberto Baltar, educador e palestrante durante a ação.
3 — A necessidade de manter o diálogo
É crucial que a conversa sobre parentalidade e a participação dos pais na criação dos filhos não se restrinja ao mês dos pais ou a eventos como o Pai Summit. Essa discussão deve ser contínua, estendendo-se às famílias, à sociedade e ao ambiente corporativo, a fim de construir um mundo mais igualitário. “Devemos continuar explorando esse tema, levando-o para os lares, a sociedade e o mundo corporativo, para que possamos construir um futuro melhor, garantindo que nossos filhos de hoje se tornem pais exemplares no futuro”, enfatizou Lucas Batista, Partner & Head de product design na Neon.
“O evento foi impressionante! Conseguimos reunir mais de 150 líderes com uma disposição genuína para discutir a parentalidade e provocar mudanças no ecossistema de cuidado, que não deve ser limitado pelo gênero. Verdadeiramente, essa conversa foi histórica. Passo a passo, estamos avançando juntos”, enfatiza Dani Junco.